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Legends of Tomorrow – 1×05 Fail-Safe

Por: em 20 de fevereiro de 2016

Legends of Tomorrow – 1×05 Fail-Safe

Por: em

Tudo em nome da criação de uma equipe.

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Legends of Tomorrow vem fazendo um trabalho admirável nessa sua temporada de estreia. Mesmo apostando na fórmula de casos semanais, a série consegue entregar excelentes missões e também interações interessantes entre seus personagens, apostando na variação dessas, o que mantem o seu frescor. Nessa semana estive a frente da review de The Flash e lá elogiei o trabalho que vem sendo feito com a possibilidade de conexão entre todo o universo DC, televisivo e cinematográfico. Aqui preciso elogiar os personagens muito bem trabalhados, ganhando novas perspectivas a cada semana – Onda Térmica, por exemplo, que até então era um mero parceiro de Snart, brilhou sozinho e mostrou um pouco mais de princípio do que poderíamos esperar da sua parte. Fora que essa é uma jogada inteligentíssima. Qualquer personagem pode aparecer em Legends e ser testado com o público. A série é uma espécie de palco aberto para qualquer um passar e mostrar a que veio, conquistando ou não e, com isso, garantindo sua permanência.

Dados os feitos de “White Knight“, o caminho mais óbvio seria traçar o resgate dos membros da equipe que foram capturados pelas forças de Savage. A trama que poderia ser bem batida, acabou servindo de pretexto para avaliar qual era a real visão que Rip Hunter tinha da sua equipe e da missão deles como um todo. Ao apontar um final forçado para a trajetória de Stein, temi que o capitão tivesse dado um tiro no próprio pé (e teria sido bem isso mesmo se Sara cumprisse com o combinado). Chegou até a ser um pouco desleal da parte dele, usar dos instintos primitivos da Canário juntamente com o vislumbre de um futuro nada promissor para Star City para convencê-la de que, talvez, o único caminho fosse acabar com a fonte do problema. Foi quase impossível não acreditar que ela daria o tiro, tamanha a ousadia da série que já matou um de seus protagonistas logo no começo – só que acabou tudo se desenrolando muito melhor do que poderíamos imaginar.

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Enquanto não cedia a pressão da força de Savage, Stein acabou aprendendo uma coisa ou outra sobre resistência e mentes brilhantes. Apesar do seu brilhante trabalho, dra. Vostok é apenas mais uma manipulada de Savage e acaba como dano colateral de um experimento que não deu nada certo. Na falha tentativa de criar um Nuclear Soviético, ela acaba se fundindo com Stein, mas sem o temporizador que garante a possibilidade deles se separarem sem que uma fissão nuclear aconteça. Interessante também apontarmos que muitas das situações recentes das quais Stein está envolvido, servem como alusão direta a sua postura arrogante perante as vontades de Jax. Acredito muito que os dois caminham para um balanceamento cada vez maior de suas personalidades, o que só aumenta a probabilidade de sucesso quando estiverem envolvidos nas missões. Ainda sobre o professor, vimos o quão o personagem pode ser forte, apesar da sua aparente fragilidade devido a idade. Assistir aos membros da sua equipe sendo torturados, não é algo que se super muito fácil e ele até que aguentou um tempo antes de ceder.

Do outro lado da tortura estavam Mick e Ray, juntos com uma onda de comprovações. A primeira delas é a de que Ray é incapaz de ver alguém sendo “injustiçado” e não fazer nada sobre isso. Vimos isso acontecendo diante do senhor que fica sem seu almoço no pátio da prisão e depois quando toma o lugar do Onda na tortura – uma postura MUITO admirável, porque aquelas marteladas não devem ter sido muito fáceis de lidar. Já Mick mostrou que por trás da montanha de músculos, jaz um pouco de ética e compaixão, escolhendo não deixar o seu parceiro para trás, mesmo que isso colocasse seu próprio resgate em risco – e é exatamente isso que define uma equipe, aqueles que se arriscam uns pelos outros. Tivemos mais um breve encontro entre Rip/Kendra e Savage, que só serviu para pontuar ainda mais a relação tempestuosa entre eles – onde fica cada vez mais claro que o final dessa batalha secular será trágico, com toda certeza.

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Muitos tem observado isso e eu não poderia deixar passar por aqui: existe alguma coisa rolando entre Snart e Sara ou a gente tá shipando a toa? Não que a Canário precise de um cara do seu lado para ser bem desenvolvida – longe disso, por sinal -, mas que seria bacana ver um relacionamento nada convencional entre uma ex-assassina profissional e um ladrão renomado, isso com certeza seria. E se todo o episódio me prendeu a atenção, os minutos finais me fizeram dar uma boa pirada. Atacados por Chronos, nossas lendas acabaram tendo problemas técnicos na nave e fizeram um pouso forçado no tempo-espaço, descobrindo uma Star City completamente devastada. Não bastasse isso, uma sombra conhecida surge em meio ao caos e, quando pensamos estar de frente com Oliver Queen, parece que outra pessoa assumiu o posto de Arqueiro Verde – sim meus caros, estaremos conhecendo Connor Hawke! O episódio da semana que vem tem tudo para ser um dos mais memoráveis até aqui, por isso já estou contando os minutos desde já.

Outros pensamentos aleatórios:

– A chegada de Connor Hawke no futuro abre possibilidades interessantes para a série do Arqueiro Verde: caso Amell decida abandonar o capuz um dia, a série poderia continuar sem ele (o que a gente não quer, que fique bem claro).

– Cisco e referências ruins não combinam, né? Tava na cara que aquilo era uma farsa.

– Eu adoro as piadas relacionadas ao calor que o Snart vive fazendo.

– “This isn’t my first prison break
A gente sabe disso, Scofield!!!!!!!!!!!!!!!

– A família Bratva também já apareceu lá por Arrow, quando Oliver tinha um certo relacionamento com eles.

– “Barry Allen who?
Jax, cê tá um pouco pretensioso, não tá não?

 


Confira o alucinante vídeo promocional de “Star City 2046” com direito a clássica frase do Arqueiro: “You have failed this city!

Agora usa o espaço para falar o que tá achando e o quão ansioso você está para o episódio da semana que vem!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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