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Legends of Tomorrow

Por: em 23 de janeiro de 2016

Legends of Tomorrow

Por: em

Spoiler Free!

Este texto não contém spoilers,

leia à vontade.

Os heróis tomaram conta da televisão americana.

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Adotando de um formato quase certeiro, praticamente todas as emissoras americanas possuem sua própria série do gênero, que muito foi desmerecido e agora atinge esse público cativo. Dentre todas, talvez a CW seja a mais beneficiada com isso. Hoje, suas duas maiores audiências advém do gênero – Arrow e The Flash -, tornando o investimento em mais produtos semelhantes algo totalmente previsível. Considerando o cenário, muitos esperavam um formato enlatado para Legends of Tomorrow. Só que em seus 40 minutos iniciais, a série mostrou agilidade e a maturidade que suas séries irmãs ainda não tinham em sua estreia – o que é claramente um reflexo da experiência de Berlanti e sua equipe na condução -, nos conquistando com uma história que tem um potencial bem grande a ser desenvolvido.

Vamos começar despindo o preconceito inicial: não, você não precisa estar em dia com a série do Arqueiro ou do Velocista Escalarte para assistir a nova empreitada da CW. Apesar de compartilhar de um mesmo universo – o que garante uma dose extra de diversão, segundo os produtores -, a produção de Legends se propôs a criar uma série mais independente. Ainda veremos alguns rostos conhecidos, como foi o caso desse piloto, mas até pela proposta de ter como trama central as viagens no tempo, a série alçará vôos próprios. Talvez o que fique um pouco precário nesse ponto seja a apresentação dos personagens. Apostando na agilidade, o piloto não perdeu muito tempo em mostrar de onde esses “heróis” vinham ou qual era o real backgroud para levá-los a aceitar uma missão como a proposta por Rip Hunter. Em poucos minutos os vemos capturados e inseridos na trama central que busca a derrocada de Vandal Savage, aqui, nosso grande vilão. Aqui, vale uma explicação: a série já foi “introduzida” durante o último crossover que rolou entre suas séries-mãe. Lá soubemos os motivos de Savage querer matar o casal Gavião, da onde sua imortalidade vinha e como que sua maldade está ligada a fatos trágicos da história mundial.

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Aos que esperavam Ray Palmer (Brandon Routh) executando o cargo de protagonista, tiveram uma breve surpresa ao perceber que o papel de Rip Hunter (Arthur Darvill) parece ser muito maior do que mostrado anteriormente. Todo o envolvimento do personagem e sua motivação em derrotar Savage são fundamentais para o êxito da missão. Sendo um mestre do tempo, ele tem o poder de viajar dentro da linha temporal, propondo algumas alterações não muito aceitas pelos seus “companheiros de trabalho”. O carisma do personagem segura a ação do episódio e foi um grande acerto colocá-lo como centro de tudo. Claro que esperamos que com o decorrer dos episódios, cada membro da equipe venha a ter seu destaque, mas para esse pontapé inicial, Rip foi a melhor escolha. E na sua missão de formar uma equipe para derrotar Vandal Savage, ele encontrou alguns velhos conhecidos nossos.

Caity Lotz retorna no papel de Canário, agora com uma abordagem diferente, tentando deixar a escuridão de lado – o que justifica a mudança de nome para Canário Branco (realmente não esperava uma participação de Laurel nesse piloto, o que foi uma surpresa bem agradável). Lá de Star City também veio Ray e seu traje de Eléktron, com o poder de se transformar em tamanhos atômicos e mantendo a força do modelo original. Já das bandas de Central City, Capitão Frio e Onda Térmica (Wentworth Miller e Dominic Purcell, respectivamente), uma dupla improvável de ladrões, se junta a equipe e prometem ser uma contraposição interessante ao senso ético dos demais. Também não podemos esquecer de Firestorm, com suas duas partes igualmente importantes, além do Homem e da Mulher Gavião (Falk Hentschel e Ciara Renee), pessoas fundamentais para a morte definitiva de Savage.

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E com a sua equipe formada, Rip propõe a primeira viagem no tempo, para, quem sabe, mudar alguma coisa na trágica história que Vandal Savage construiu. Parece bem simples de entender que veremos os personagens vagando ao longo da linha temporal, tanto para o passado, quanto para o futuro, nessa busca incessante pela derrota do grande vilão. Falando dessa maneira, pode até parecer que cada episódio será numa década, adotando quase que um formato procedural. Talvez até seja isso, mas considerando a continuidade da história, posso apostar que o caminho será construído cuidadosamente, fazendo de cada passo um ponto importante de parada. Além disso, será muito bacana ver a dinâmica de personagens contemporâneos em épocas distintas, seja pelo visual ou pela atitude.

Se a meta é mudar o futuro para criar novas lendas a serem lembradas, a CW tem uma grande aposta em suas mãos. Legends começou no topo, batendo um audiência que há muito a emissora não via em suas noites de quinta-feira – a melhor em três anos (a série bateu 1.2 na principal faixa – as séries anteriores estavam dando uma média de 0.5 para baixo). Contando com o empurrão das demais séries da DC no canal, é difícil que não estejamos diante de mais um sucesso do gênero. Mas enquanto isso não se confirma, vale muito a pena ir curtindo semana a semana a construção de mais uma história nesse universo tão interessante da DC na televisão. Resumindo todo o texto em uma só frase: vá ver logo essa série!

Já viu? Então me conta o que achou, porque eu preciso demais compartilhar algumas informações! E claro que você poderá acompanhar a temporada toda aqui no Apaixonados por Séries. Fique ligado!

 

Comentários extras para os fanáticos (incluindo spoilers): 

  • Gideon is back! Aos que acompanham Flash, a interface de inteligência artificial é uma velha conhecida. Criada pelo próprio Barry do futuro, foi muito bacana ver ela sendo usada pelo Rip no controle da aeronave;
  • Curti demais a participação do Oliver nesse piloto, principalmente por se tratar de um envolvimento com Ray – algo bem insperado para mim. Os dois compartilharam de momentos importantes e fundamentais para a decisão dele entrar na equipe;
  • Laurel também teve um momento bem especial ao mostrar para Sara como as coisas podem mudar, dependendo do ponto de vista – e claro que Cisco está envolvido no novo uniforme da Canário (todos sabemos que ele é um grande fã!);
  • Adorei os efeitos da viagem no tempo! rs
  • Curtiram a referência a Star Wars com o tal Darth Vader da vida real? Chronos parece ser um personagem importante, mas evitarei de falar nesse momento sobre ele.

Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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