Depois de um episódio um tanto polêmico, Masterchef Brasil deu sua volta por cima. Achei a atitude do programa em fazer uma recapitulação dos acontecimentos, dando ao seu público uma explicação do por que Léo ter ficado e Gabrielle saído, digníssima. Alguns podem até não concordar com o método ou a regra que prevalece no talent show, mas o respeito de dar um parecer para os fãs foi exemplar. Não vou entrar neste mérito que já foi discutido na review passada, essa semana o assunto fica por conta da formação do top 16.
A primeira prova foi um crossover com a natureza que garantiu aos participantes um desafio sem precedentes: agradar o paladar de um público carnívoro com pratos ovolactovegetarianos e os recursos muito bem pensados de forma de dificultassem ainda mais a prova. A ideia para a primeira prova foi sem igual e embora pudesse fazer uma crítica – achei um pouco exagerado tirarem até mesmo a energia elétrica – no final das contas, todos os aspectos convergiram num desafio emocionante. A divisão dos times ocorreu por sorteio, o que garantiu duas equipes muito bem distribuídas e de peso.
Na hora de torcer não tive muita dúvida em ir para o time vermelho, enquanto este era composto por Leo, Bruna, Raquel, outro tinha a Gleice, o que para mim já era motivo suficiente para bastar. Esta por sua vez segue demonstrando a menor das considerações pela responsabilidade que é estar no Masterchef e foi uma verdadeira plasma no decorrer da prova. Contudo ambos times se destacaram e serviram pratos bem elaborados e aparentemente apetitosos, esbanjaram da simpatia na hora de entregar e pouquíssimas vezes acompanhamos uma prova de equipe onde os minutos finais não foi um desespero total com comida faltando e gente gritando desesperadamente (menos a Bruna, mas ela só grita mesmo).
O resultado foi um tanto quanto massacrante, embora surpreendente a escolha do prato da equipe azul, a equipe vermelha escolheu trabalhar numa margem de segurança maior, e mesmo com todos os desafios, ambas entregaram pratos apetitosos. Não admito a ideia de comer um bobó e não encontrar um camarão no meio, entretanto a de Lívia surpreendeu e conquistou, merecendo um destaque da participante que salvou sua equipe. Ademais, somente o Guilherme merece um destaque também e muitas vezes aparecia muito mais como um líder que o próprio Lee. O time vermelho por sua vez trabalhou muito bem em equipe, tinham uma dinâmica ótima com Pedro assumindo bem a liderança, apesar da derrota devastadora.
Saindo do ambiente reconfortante de uma fazenda e voltando para a cozinha Masterchef para a famigerada prova de eliminação, nossos oito participantes estavam com a corda no pescoço já que cada vez o cerco se aperta. O desafio era trabalhar com uma carne incomum para nós brasileiros: coelho.
O interessante da prova foi o que puderam extrair de aprendizado de algo tão distante ao que estamos acostumados. A edição focou bastante nas atrapalhadas de Vanessa e na indecisão de Pedro, e começo a suspeitar que acataram minha reclamação de ficar tão na cara as eliminações que nem imaginava que Portuga seria o eliminado da vez. Ficou evidente como os participantes se elevam a cada semana e entregaram pratos mais elaborados e apresentáveis em comparação à semana passada. O que fica cada vez mais claro é que a sobremesa é um desafio muito maior e surpreende em comparação aos pratos salgados, que são bem mais estudados e trabalhados na hora da competição.
Quem está numa ascendente incrível é Raquel, que a cada semana demonstra seu talento na cozinha, sua inteligência e controle ao saber ousar, mas sem sair da linha daquilo que é seguro. Sua vitória merecida mostrou que, se havia dúvidas, ela é alguém para temer nesta edição. Pedro ficou também entre os melhores, e no medo de entregar algo horrível, fez um dos melhores pratos nesta prova. Agora em Masterchef, fica claro que começar uma prova com “isso é uma receita de infância” ou “aquilo eu sei fazer” pode ter certeza que não será um sinônimo de vitória, e como aconteceu outras vezes, o eliminado da vez, Nuno, saiu cozinhando algo tão familiar.
Masterchef entregou um episódio dando a volta por cima depois das polêmicas causadas, agora falta ver o que vem por aí e se a Gleice vai finalmente sair, sei lá, talvez ela dê mais sorte no reality do Boninho, quem não adora um quê de protecionismo no outro reality. Nuno era participante carismático, mas passava longe de ser o mais forte ali. O cerco está apertando amigos! Vamos acompanhar para ver o que vem por aí! Até mais e não deixem de falar comigo sobre o que acharam!
