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Masterchef Brasil – 3×18 Top 9

Por: em 7 de julho de 2016

Masterchef Brasil – 3×18 Top 9

Por: em

“É a vida, é bonita e é bonita…”

Masterchef-Brasil-3x18-Pedro

ALERTA: esta review contém trechos extremamente parciais devido à alegria não contida.

Quem acompanha o Masterchef Brasil há mais de uma edição já deve ter percebido: de vez em quando surge aquele participante com excesso de arrogância que se torna o alvo preferido da implicância do público. Foi assim com o Fernando no passado e é assim com Pedro. Ou melhor, era. Durante esses 18 episódios, não vi uma alma viva que mantinha qualquer simpatia por ele ou que torcia por sua permanência. Era só ligar a TV durante um minutinho no programa que ele já conseguia irritar. A internet, como esperado, foi ao chão comemorando sua saída, nada mais do que merecido. E agora, quem será a próxima vítima? (#spoiler: arrisquei nos palpites mais para frente).

Com o top 9 competindo, a caixa misteriosa desta vez superou seu nível de mistério. Pela primeira vez nesta edição, os cozinheiros amadores fariam a prova em trios. No final, apenas um trio se veria longe da prova de eliminação e assistiria de camarote a dor e o sofrimento dos amiguinhos. O desafio era preparar três tipos de tortas doces com os ingredientes da caixa. A avaliação seria feita em conjunto – se algum dos integrantes pisasse na bola, a equipe inteira seria prejudicada. Antes mesmo de começar, os ânimos já estavam exaltados.

Masterchef-Brasil-3x18-Raquel-Lee-Fábio

Bruna teve a grande oportunidade da vida em suas mãos. E o que aconteceu? A confirmação de que uma escolha errada pode colocar tudo a perder. Ela poderia definir as equipes da primeira prova, inclusive quem seria o capitão. Para acompanhá-la nessa jornada, ela optou pela segurança: Luriana e Paula são duas competidoras, ou migas, com quem ela trabalha bem. E ainda completou seu plano maligno colocando Raquel no time de Fábio e Lee, além de Leo e Aluísio sendo liderados por Pedro. Estrategista até não querer mais, não restam dúvidas. Talvez o excesso de confiança tenho sido o maior de seus problemas – e aí precisamos falar sobre o poder subindo a cabeça. Dava para perceber em seu discurso de apresentação das tortas; enquanto ela só falava “eu fiz”, “eu escolhi”, suas companheiras davam o devido crédito ao trabalho em equipe.

Uma coisa estava certa desde o início dessa prova: o grupo dos meninos já estava garantido na disputa da eliminação. Colocar Pedro como capitão foi uma jogada genial da Bruna. Ela já deve ter percebido que ele é arrogante e fica bem perdido em posições de liderança. Colocando-o ao lado de Leo e Aluísio, que são atrapalhados por natureza, o caos estava montado. O jogo não virou e os “três patetas”, de acordo com Jacquin, entregaram tortas bem inferiores às demais. Mas o segundo grande vilão (a primeira foi a Bruna) desse grupo foi o creme pâtissière. Pedro testou a paciência de seus companheiras errando por mais de uma vez esse creme e, no fim, era a única coisa que estava prestando no prato. Sentaram na graxa bonito.

Raquel acabou em um grupo um tanto aleatório e nem teve a chance de receber o título de capitã, apesar de ter agido como tal em vários momentos. Fábio percebeu logo de cara que ela seria a grande esperança do time e dividiu bem as tarefas. O resultado não poderia ser mais proveitoso para eles, que venceram a temida equipe de Bruna e não permitiram que ela brilhasse mais que o sol do Rio. Mais uma vez, Raquel se desestabilizou e estava mais perdida que turista na 25 de março. Sua maior preocupação era com uma massa que, para Paola, estava já incrível. De longe, as tortas deles pareciam as mais bonitas mesmo. Trabalharam bem juntos e usaram com inteligência os ingredientes da caixa.

Masterchef-Brasil-3x18-Leo-Aluísio

Aproveitando o circo que os jurados fizeram mais cedo, eles apresentaram os pratos da prova de eliminação da forma mais teatral possível. E não foi pequena a bomba. Três pratos com diferentes usos de camarão em apenas uma hora. Era tanta coisa que poderia dar errado que nem dá para listar aqui. Mas confesso: que vontade de experimentar aquilo tudo. Aquele camarão graúdo é um dos ingredientes mais belos que já passou pela cozinha do Masterchef. E, como disse o Jacquin, o que seria avaliado com mais afinco seria o ponto. O prato mais bonito era também o que apresentava maior nível de dificuldade. O tal do aioil foi pesadelo de quase todos os competidores, só fez a insegurança crescer. No fim, com exceção de um que ficou cru, não tivemos grandes tragédias nesse prato.

Em compensação, os outros foram um festival de erros. Tinha muita farofa, faltava crocância, passado do ponto, muito picante, sem gosto, muito ácido. Enfim, foram várias as críticas. No fim das contas, não dava para saber quem seria o eliminado da noite – e é assim que o Brasil gosta, tem que ter emoção e corações quase parando de nervoso. E foi assim tanto para o público quanto para os competidores. Eles pareciam mais aflitos que nunca, já que a bucha poderia servir pra vários ali.

Fogaça trabalhou seu melhor lado A Praça é Nossa e fez aquela pegadinha maldosa com Luriana. Bruna garantiu, pela terceira vez seguida, o título de melhor prato da prova de eliminação e, como falei na review anterior, ela só vem crescendo. O maior problema é que cresceu tanto que só deu ela o programa inteiro. A edição, que antes colocava a Paula como comentarista oficial de abobrinhas, resolveu mudar seu alvo e deu um espaço exagerado e excessivo para a mineira. Na tentativa de aumentar sua popularidade ou aproveitar suas gracinhas naturais, o tiro acabou indo direto para o pé. Se a Paula sair, Bruna talvez divida com Lee o posto de “vítima” das torcidas negativas. Enquanto isso, Leo segue despontando como o favorito do público.

“Foi completamente justo” – disse Pedro ao ser eliminado. E aqui vem sua característica mais irritante: ele não se contenta em ficar quieto, sempre precisa ter uma opinião forte sobre qualquer coisa. Seja para criticar o trabalho do coleguinha ou lamentar sua eliminação, ele queria pagar de certo. Essa falta de humildade custou bastante caro, bem como seus erros durante a prova de eliminação. Durante aqueles longos minutos em que a edição fica colocando o pé em nosso soninho para aumentar o suspense, temi pela saída de Aluísio (que, segundo o senhor-sabe-tudo, tinha recebido críticas em todos os três pratos). Mas o mundo dá voltas e toda aquela negatividade de Pedro se fez realidade. Não é para menos: ele nem se deu ao trabalho de limpar direito o camarão para fazer o ceviche, além de ter esquecido o coentro. Ele se atrapalhou e a justiça foi feita. Se tivesse que ressuscitar algum viral nesse momento, com certeza seria “para noooossa alegria”.

Masterchef-Brasil-3x18-Aluísio-Pedro

Algumas observações:

– Leo rindo do Pedro escolhido para capitão muito me representa.

– “Eu preciso brilhar mais que o sol de verão do Rio” a realidade foi outra, né Bruna?

– Três edições de Masterchef e os jurados ainda implicam com a pronúncia do creme pâtissière. Já podem parar, né?

– Jacquin, a gente podia ter dormido sem esse seu comentário desnecessário sobre a cozinha precisar de um lado feminino e outro masculino.

– Realmente, Bruna é colocada como A confeiteira do programa, mas quase nunca se dá bem nos pratos doces. Se quiser abrir uma casa de carnes, acho que vai pra frente.

– A risada malvada da Paola tá de parabéns. Pode substituir qualquer vilã da Disney e seria completamente lindo.

– “Sabe qual o problema do Pedro? Ele tem uma arrogância que é maior que ele”. Lee não poderia ter feito comentário mais certo.

Update: a Band decidiu que não vai mais exibir o programa durante dois dias da semana. Se é para só cumprir tabela ou se a audiência (que foi alta) não foi o que eles esperavam, não sabemos. Então, Masterchef só nas noites de terça! A grande final será em 23 de agosto.

– Por fim, sobre o camarão sem limpar do Pedro e a prova de que o mundo dá voltas, deixo vocês com esse belo tweet:

https://twitter.com/MC3_Leonardo/status/750892473166204929

Esse episódio do Masterchef Brasil fez um bom trabalho em deixar o público acordado, garantindo a tensão durante seus últimos minutos. Mas agora quero saber de você: virou a noite comemorando a saída do Pedro? É parte de 0,00001% da população que torcia por ele? Vem comentar com a gente!


Giovanna Hespanhol

Jornalista apaixonada pela cultura pop e por tecnologias. Forte tendência a gostar de séries ruins e comédias água com açúcar.

Bauru/SP

Série Favorita: Doctor Who

Não assiste de jeito nenhum: Game Of Thrones

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