Perto do fim, a 4ª temporada de Orange is the New Black mergulha no drama e tudo indica que de lá não sai mais. Mexendo com o nosso emocional e com uma das favoritas, People Persons teve como foco principal as duas pessoas que tem muitos problemas psicológicos e tentam, na medida do possível, lidar com tudo isso.
O flashback da Suzanne foi de cortar o coração, com uma vida aparentemente normal, um emprego estável, chegando a ser nomeada como funcionária do mês e fazendo amizade com as pessoas do mercado, a sua inocência impediu que tudo desse continuidade. A criança não teve culpa por se assustar com as reações da Suzanne, tampouco por querer voltar pra casa e ligar para seu pai. Imagino que se fosse comigo eu também me assustaria, por mais que a outra pessoa aparentasse ter as melhores intenções. É triste ver como tudo aconteceu, é triste ver no que ela se tornou e que claramente ela não é uma pessoa ruim. Muito pelo contrário, Crazy Eyes tem um coração bom, é cheia de sonhos e acredita que pode ser o que quiser. O que os guardas fizeram com ela foi desumano e cruel, é doloroso demais imaginar que ninguém ali se salva, todos fazem parte de uma corja, que de um jeito ou de outro contribui para os acontecimentos trágicos. Cês tão entendendo a gravidade do negócio? E tudo isso acontece debaixo do nariz do Caputo, que perde sua autoridade a partir do momento que não fiscaliza e nem consegue colocar ordem nos seus funcionários. Não importa se não foi você que fez, a omissão também é crime e agir como se não soubesse de nada e fazer a egípcia não lhe dá passagem carimbada pro céu.
Outro fim temido, mas já previsível diz respeito a Lolly. Acompanhamos um pouco da sua trajetória em It sounded nicer in my head e em People Persons tivemos o provável desfecho. Após toda a aflição com o cara morto na horta, os guardas, juntamente com o cara da obra, descobriram o mistério guardado a 7 chaves e isso resultou na ida da Lolly para a ala psiquiátrica. A cena foi dura de assistir, teve direito a choros e soluços. Foi muito triste vê-la chamando o Mr. Healy e mais triste ainda quando a encontraram no seu esconderijo. Um show de atuação para a jovem Lori Petty, que nos deixa com o coraçãozinho mais apertado que tudo. O que nos resta imaginar é se terão consequências por conta disso ou se tudo ficará como se a Lolly tivesse matado e esquartejado o carinha.
A temporada foca nos problemas do sistema carcerário e as suas inúmeras nuances. Esquecidas pelo Estado e com a difícil missão de se ressocializar na sociedade novamente, os guardas, juntamente com o GC tem como objetivo desumanizar as detentas e abusar do poder para humilhá-las e mostrar que quem tem o poder não são elas. Tenho muito medo do que pode acontecer daqui pra frente, com mais dois episódios restantes eu tendencio a acreditar que as maldades e os dramas não pararão por aí.
Como prova do esquecimento, a luta para tirar a Sophia da solitária ainda tá de pé. Caputo consegue provar para Crystal que ela tá viva e por consequência conseguem mostrar que a Sophia está na solitária, algo que era escondido e negado pelo GC. Se a partir daí as decisões serão positivas, não sabemos, mas que a esperança bateu na porta… Ah! Bateu sim.
This is a lockdown
- A Dogget tomando conta da Nick é tão bonito de ver, todo mundo quer ajudar, mas parece que tá difícil.
- “You better sleep with one eye open. I can’t. I’ve tried, and I only get a restful night’s sleep when both eyes are closed.” Ohh, Suzanne <3
- Será que é nessa temporada que os guardas vão se dar mal? Pq né possível isso.
- Só eu tremi na base quando a Alex decidiu que ia confessar?
- É bem capaz daqueles guardas nojentos falarem que a Suzanne que provocou e todo mundo ficar impune.
- Sério que o Healy ia se matar? Hmmm, não senti dó, desculpa.
