O episódio desta semana de Quantico explicou por onde andavam as gêmeas Nimah e Raina, já que a última informação que se tinha era a de que uma das duas fora vista próxima à área atingida pelo atentado, dias antes da explosão. A busca de Simon e Alex pelas irmãs se manteve similar ao que vínhamos vendo até então quando se trata de buscar meios para provar a inocência de Parrish. Mais que uma caça às infiltradas de Miranda, Go trouxe à tona outras informações que podem dar indícios do que a série está preparando após o hiatum deste ano.
Os dias de treinamento na academia serviram como pano de fundo para abordar a importância do ato de confiar, e como este gesto pode ajudar ou prejudicar a vida dos agentes diante das inúmeras situações na qual serão expostos. O que não faltaram foram exemplos. Do mais simples, como o começo da relação entre Shelby e Haas, até os mais improváveis como foram os cinco segundos de Vasquez ao ver Booth baleado e perceber que Alex estava disposta a se entregar para salvar a vida de Ryan. Isso não impediu que a série continuasse dando suas derrapadas no roteiro, insistindo mais uma vez na máxima das soluções simples, cenas falhas e sem muita emoção, o que lembrou meu trauma pessoal com Sense8. Mas a reflexão sobre o tema foi positiva e garantiu momentos importantes para a trama, como a apresentação de mais um agente e que deve voltar de alguma forma a atuar junto ao grupo de recrutas no futuro, Brandon. Outro ponto positivo foi ver – para o meu desespero particular – a saída de Elias do programa. Mais que isso. A forma como no fim de tudo, ele acabou se tornando uma das poucas coisas reais e passível de confiança na vida de Simon. Sei que ainda é cedo, mas algo que diz que poderemos ver Harper novamente, mas agora como uma espécie de assessor da mãe de Caleb. Tá gente, às vezes é só este autor aqui vendo coisas a mais – depois que ele descreve suas “habilidades” em escrever discursos…é que se essa foi realmente a participação do analista na trama, estou assumindo publicamente minha frustração!
E se quando escrevi as primeiras impressões sobre a série, defendi que Quantico bebe das fontes de inspiração de How to Get Away With Murder. O episódio da semana mostrou que isso vai um pouco além dos recursos de flashback e flashforward, já que assim como a série de Shondaland, Quantico apostou na apresentação de um novo suspeito à trama, Hamza. Claro que a ideia de termos em cena a presença de uma célula terrorista ligada a algum país do Oriente Médio não é nenhuma novidade, dado o o explícito preconceito estadunidense, mas isso também garante um gás a mais para a série e uma oportunidade de trabalhar melhor os plots envolvendo os personagens, ou na profundidade deles. Tanto, que já sabemos que os próximos episódios devem tratar de novas ameaças terroristas a outros monumentos de Nova Iorque. O que não seria de se estranhar se em meio a isso víssemos Alex sair de agente procurada à mais nova salvadora da nação.
Interessante e que vem ganhando espaço na trama, diz respeito às reais intenções de Liam – já que a relação com o pai de Alex e o evento em Chicago deixa claro a índole dúbia do dirigente. O que me faz lembrar que ainda se tem muito para ser trabalhado em Quantico, pois até o momento pouco foi apresentado sobre o passado dos personagens e suas personalidades. Isto de certa forma vai minando aos poucos minha esperança – dada a nova tendência na terra do Tio San de se criar reboots inspirados em novelas latinas de sucesso – de ter Alex à Flora de A Favorita.
Já disse em outro texto que Quantico vem se mostrando uma série sem meio termo com relação à opinião do publico, se dividindo entre os que a amam e os que a odeiam. E vocês, concordam com isso? Estão acompanhando ou já desistiram? Não deixem de dividir com a gente! No mais, um beijinho doce e até semana que vem.
