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Shadowhunters – 1×06 Of Men and Angels

Por: em 18 de fevereiro de 2016

Shadowhunters – 1×06 Of Men and Angels

Por: em

Apostando em flashbacks para contar um pouco da história de Valentine e seu Ciclo, Shadowhunters conseguiu novamente entregar um bom episódio. Com a temporada praticamente chegando à sua metade (serão 13 capítulos), quase todo o meu desapontamento inicial que registrei nas Primeiras Impressões, passou. Pouco a pouco, o show conseguiu encontrar o tom adequado (tanto ao roteiro quanto aos seus personagens) e, mesmo que ainda não seja exatamente tudo o que eu esperava, se firmou como um bom entretenimento, algo que me deixa ansioso para que a semana que vem chegue logo.

À frente dos principais momentos de Of Men and Angels, esteve Idris, Valentine, Jocelyn e Luke – jovens e nos tempos atuais. Histórias de origem sempre são interessantes (e, neste caso, até necessárias) e o roteiro do episódio soube inserir bem os momentos do passado com a ação que se desenvolvia no presente. Claro, existiram algumas derrapadas, mas de uma maneira geral, a sede de poder manifestada no jovem Valentine e os conflitos decorrentes da paixão que surgiu entre Luke e Jocelyn foram bem pontuados, bem como toda a transição que Val sofreu, de um Caçador de Sombras exemplar até alguém tão obcecado por domínio que promoveu o extermínio quase que total do mundo das sombras e rachou sua própria sociedade.

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É claro que as motivações de Valentine não são nenhum pouco originais. Supremacia de raça, criação de uma nova frente e experiências com sangues de outras raças são coisas que praticamente fazem parte do starter pack dos vilões de histórias Y.A, mas elas são repetidas à exaustão por um motivo claro: Funcionam. E, para conferir escopo a um lunático como Valentine, era claro que funcionariam novamente. Mas, sendo honesto, o mais legal de todas essas cenas nem foi conhecer mais sobre a vida de Morgestern, mas sim, poder dar uma olhada, ainda que superficial, em Idris, o país dos Shadowhunters. Descrito nos livros como um lugar de beleza única, a galera responsável pelo cenário da série caprichou na produção e nos deu uma bela visão do lugar. Em entrevistas antes do início da série, Ed Decter (showrunner) deixou claro que veremos Idris em uma eventual segunda temporada (a série ainda não foi renovada), então só nos resta agora torcer a Raziel pela renovação.

Ouvir parte da história da Revolta pela boca de Magnus foi interessante, tanto para estabelecer melhor sua relação com Clary, quanto para reforçar a ideia de que ele é uma pessoa que viveu muito, que viu muito e que tem uma bagagem de experiência que certamente fará a diferença muitas vezes, além de ajudar a solidificar Valentine como vilão. Até agora, tudo o que sabíamos dele era que ele já havia sido uma pessoa honesta e que, em algum momento, decidiu se voltar contra sua própria raça. As novas informações como os testes com raças do submundo e deixar Luke, à época seu parabatai (algo que Jace e Alec já nos mostraram quão forte é), para morrer, mostram que pouco (ou quase nada) sobrou do homem que, em um passado distante, Jocelyn e Luke amaram.

Afinal, que tipo de homem mata seu próprio filho em um incêndio? A revelação de que Clary tinha um irmão, que atendia pelo nome de Jonathan Cristopher, e que ele foi morto por intermédio de Valentine confere ao vilão ainda mais a faceta de um monstro. A descoberta do novo poder da garota fecha o ciclo de revelações e finalmente a entrega uma pista verdadeira e forte sobre o paradeiro do Cálice Mortal. Onde ele provavelmente está escondido teremos que esperar até semana que vem para saber.

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Enquanto isso, sem enxergar um palmo à frente do seu nariz, Maryse continua sua jornada rumo a infelicidade total de seus filhos, garantindo o prêmio de pior mãe do ano e de mais odiável na série que nos livros. Que ela não consiga perceber o mal que está fazendo aos seus 2 filhos mais velhos, querendo transformá-los em algo que eles não são, é angustiante. Casar Alec pode até mesmo resolver os problemas políticos dos Lightwood com a Clave, mas só vai piorar todos os conflitos do garoto quanto a sua sexualidade (algo que Maryse aparentemente não enxerga ou prefere mascarar em nome do bom nome da família – e eu não sei qual opção é a pior aqui). Colocar Isabelle em roupas de diplomatas e deixar a complicada questão dos Seelies em suas mãos também não é a melhor opção e em nada combina com Izzie.

Isso, claro, sem entrar no mérito das discussões que elas duas tiveram aqui. Diferente de Alec, que aceita (quase) tudo que a mãe lhe coloca sem discutir, a garota tem um gênio mais forte e isso é bom, para que Maryse entenda que o mundo não gira do jeito que ela quer. Uma pena que no fim, pouco tenha adiantado. A cena onde Isabelle se “transforma” em sua mãe para cumprir com obrigações políticas é forte e um tanto quanto depressiva em seu teor.

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Mas, deixando Maryse de lado e falando de coisa boa, #Malec continua a todo vapor, muito bem, obrigado. Acho que quem leu os livros há de concordar comigo que esse começo de relacionamento entre os dois tem se desenvolvido de uma forma bem mais bacana e interessante de se acompanhar na série do que na obra de Cassandra Clare (salvo aquele capítulo maravilhoso do primeiro encontro, em As Crônicas de Bane). Diferente do que imaginei que aconteceria, Alec não vem se fazendo de tão difícil assim. A cena onde ele ajuda Magnus com sua força na hora de manter Luke vivo e a última conversa dos dois são provas de que, à seu jeito, o Lightwood também está interessado no feiticeiro – ainda que, talvez, ele próprio não saiba disso ainda. Mas não tem problema. Magnus sabe o que quer e não vai desistir fácil daquele que, depois de muito tempo, conseguiu desbloquear algo em seu coração. Já podemos começar a campanha #SeJogaAlexander?

Outras observações:

– Não achei onde colocar dentro da resenha, então vou comentar logo aqui: Simon e Jace, duas crianças mimadas de 15 anos brigando pela atenção pela menina mais bonita da sala. Sério, que implicância besta, da parte de ambos.

– Max, que coisa mais fofa, meu Raziel!!!! Quero colocar ele num pote e pegar pra mim. <3

– O que quer que tenha acontecido com Simon no hotel, continua afetando-o.

– A cena em que Magnus pede a Alec um pouco de sua força é uma referência a uma cena que acontece nos livros, mas quando a história já está bastante avançada, onde Alec pergunta a Magnus se ele precisa de um pouco de sua força. <3

– Eu estava vendo a hora que Isabelle ia jogar na cara de Maryse que ela não percebeu ainda que Alec não gosta de meninas.

– A escalação do Valentine novo era a prova que faltava pra termos certeza que os responsáveis pelo cast dessa série conseguem encontrar os seres humanos mais bonitos da Terra.

– Eu ainda não consegui aceitar Katherine McNamara ao ponto de achar bonitinha a cena Clace do “Eu sempre vou proteger você”, mas pra quem shipa o casal, acho que deve ter sido um momento bem empolgante (sei disso porque eu tenho tido mini-surtos a cada olhar Malec).

– É muito bonita a relação de Clary e Luke, muito mesmo.

*

Fique com a promo de Major Arcana, episódio da próxima terça:


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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