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Shadowhunters – 1×11 Blood Calls to Blood

Por: em 27 de março de 2016

Shadowhunters – 1×11 Blood Calls to Blood

Por: em

Depois da decepção que foi This Wold Inverted, eu esperava pouco – digamos que quase nada – de Blood Calls to Blood, mas infelizmente, não adiantou muito. Foi certamente um episódio bem melhor que seu antecessor, mas que ainda assim me desagradou em alguns pontos. O que o coloca, de certa forma, superior ao capítulo anterior é que agora, a história avançou significativamente e um dos principais plots da obra de Cassandra Clare finalmente foi abordado: O parentesco entre Clary, Jace e… Valentine. 

Clary-Jace

Esse negócio de ter lido os livros estraga um pouco a experiência com a série, admito. Por mais que McG (produtor) e equipe estejam se esforçando ao máximo pra diferenciar as duas obras (o que eu louvo), a gente acaba adivinhando algumas coisas que provavelmente funcionaram melhor pra quem não conhece a história. Por exemplo, a partir do momento em que “Michael Wayland” abriu a boca na conversa com Clary pra falar que Valentine amava a mãe dela e que provavelmente a teria amado, eu já saquei que os dois eram a mesma pessoa e fiquei só esperando a revelação acontecer.

De maneira prática, o fato de Valentine ter se revelado como o pai de Jace também influencia muito no futuro da série. Não só pelo agora incestuoso relacionamento entre o garoto e Clary (Aquela cena final mostra que nenhum dos dois sabe como lidar bem com isso e provavelmente vão demorar pra encontrar o equilíbrio entre o que sentem e aquilo que é “certo”), mas por tudo que isso traz para Jace como pessoa. Durante os diálogos do loiro com “Michael” no episódio, ficou claro o quanto ele admirava o pai e como, de certa forma, era grato pela criação dura que teve (coisa que ficou óbvia na conversa com Clary sobre o falcão) e a revelação de que foi enganado a vida inteira (por algum tipo de Runa Polissuco, como vocês brilhantemente chamaram nos comentários de semana passada) coloca isso em cheque.

O problema em todo esse plot foi novamente as atuações limitadíssimas de Dominic e Katherine. Eu sei que pode parecer chato falar disso quase sempre, mas não dá, gente. Os momentos em Renwick estavam bem escritos, com uma boa direção, até mesmo fiéis ao livro, mas dependeram muito da capacidade emocional da dupla protagonista e isso foi a ruína. Um festival de caras e bocas, overreacting e um potencial jogado todo fora. Uma pena. Já tenho medo de como os dois vão levar adiante o drama de “estou apaixonado pelo meu irmão.” Raziel, nos ajude.

Lightwoods

Pra piorar a situação, ainda tem a Clave, que agora precisa lidar não com um, mas dois filhos de Valentine. Finalmente, a instituição deu as caras na série, com uma caracterização um tanto quanto… estranha (Não saquei ainda qual é a das faixas no braço, mas ok), para dar prosseguimento ao julgamento de Isabelle por alta traição. O problema desse plot foi quase o mesmo do universo paralelo: Soou teatral demais em sua execução e, na prática, tem pouca relevância direta. Conhecemos a Inquisidora, tivemos uma amostra do quanto o julgamento é imparcial e tivemos um pouco de drama acrescentando a Malec (como se precisasse de mais), mas no fim das contas, foi uma história quase filler que teve seu fim quando Jace e Clary retornaram ao Instituto e entregaram o Cálice Mortal a Lydia.

E falando em Lydia, não entendi muito bem porque ela mudou de opinião drasticamente e retirou as acusações. Claro, o discurso de Izzie e de Magnus sobre a Clave ser injusta (praticamente corrupta, se for usar palavras mais diretas) foi ótimo e serviu pra expor muita coisa sobre a política do mundo dos Shadowhunters, mas ela parecia uma pessoa tão decidida e tão firme em suas convicções que a mudança de rumo me pegou de surpresa e deixa os acontecimentos de semana que vem ainda mais imprevisíveis, porque agora, Alec pode se sentir em dívida com a jovem.

A cena em que o Magnus praticamente destrata o crush e joga com ele quando Alec vai pedir ajuda pra Isabelle é ótima e mostra o quanto o feiticeiro também não está aceitando muito bem essa história de casamento. Se Magnus vai fazer algo para tentar impedir o caçador de sombras de se caçar ou se vai sentar e assistir a pessoa por quem está apaixonado subir ao altar contra sua vontade com outra pessoa, teremos que esperar até quarta pra saber. De qualquer forma, a torcida aqui por #Malec segue firme.

Outras observações:

– Simon chantageando Raphael. Quem diria.

– Subjulgados citados. Olha ali mais referências aos livros <3

– A cara do Simon quando Luke conta que Clary e Jace são irmãos é a cara que a gente faz quando o crush responde a mensagem.

– Peço desculpas pelo atraso na review essa semana. Me enrolei com problemas pessoais, mas já estamos de volta a normalidade no próximo episódio!

– Aos fãs do universo literário: Terminei de ler Lady Midnight esses dias  e olha… Tá pesado, ein!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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