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Suits – 6×07 Shake The Trees

Por: em 30 de agosto de 2016

Suits – 6×07 Shake The Trees

Por: em

Suits chega à sua 7ª semana, ainda sem se encontrar nesta temporada que deveria ter chegado para  estabelecer novas premissas para série – algo que ainda não aconteceu. Está havendo uma grande dificuldade da narrativa se encontrar, e com apenas 3 episódios restantes para 2016, ainda não sei qual rumo se pretende seguir dentro da história.

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Mas antes de você dizer que venho reclamando demais, assumo que Shake the Trees pode se considerar como o início da amarração das pontas desta temporada – que sacrificou valiosas horas das nossas vidas desnecessariamente com peças antigas estranhamente posicionadas em um novo jogo. A prisão de Mike na 5ª temporada representou uma virada que, infelizmente, não conseguiu ainda se encontrar dentro de tudo que já vivenciamos dentro dos corredores acarpetados da Pearson-Specter-Litt.

Vamos então mitigar o arco central, que seja, as vezes inacreditável energia gasta por Harvey para tentar garantir uma possibilidade de Mike sair mais cedo da prisão. Não sei vocês, mas como eu já deixei bem claro na minha review dos episódios anteriores, me surpreende o fato do advogado – sempre tão correto no que tange o exercício da sua profissão – esteja apresentando um comportamento tão intempestivo face ao mais do que justo encarceramento do seu pupilo.

Por mais que eles sejam os mocinhos de Suits, vocês hão de concordar que toda a brincadeirinha de advogado sem faculdade ou licença durou tempo demais – e colocou coisas demais na reta para que essa sangria desatada em conseguir reduzir a já pequena pena de dois anos se instale.

Em quem momento Harvey considera que o joguete envolvendo Sutter pode dar certo, vide que nem ele nem Cahill parecem ter o controle emocional para lidar com um caso que os envolve emocionalmente? Em algum momento ambos serão pegos na armação, porque está claro que algum dos dois jogará tudo no ventilador eventualmente para fazer valer as suas vontades. Estou extramente incomodada que Harvey e Cahill, que já passaram por diversas lides mais do que complicadas e controversas, tenham encontrado uma saída completamente fora do legal para fazer valer os seus caprichos.

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Harvey cruzou todos os limites ao entregar ele mesmo o programa que Cahill vem demandando acesso, isso sem nenhuma cerimônia ou temor de que pudesse ser descoberto. Por alguns momentos em Shake de Trees, bem como também sinalizado anteriormente, que Sutter pode ser mais inteligente que o brilhante Harvey Specter. Toda aquela encenação dentro da empresa com os funcionários de Sutter foi demasiadamente exagerada e ríspida, ainda mais conosco sabendo que Harvey estava deliberadamente agindo sem qualquer razão ali.

Por conta dessa nova prova entregue pelo próprio procurador de Sutter, a juíza – já impaciente com as idas e vindas dentro da sua corte – da um prazo muito exíguo para que Harvey e Cahill pudessem ajambrar toda questão do acordo envolvendo Mike como informante, o que lhe garantiria a liberdade de imediato.

Então Harvey faz o que que ele fez diversas outras vezes e envolve mais um “inocente” em seu plano torto, demandando a Louis que consiga – usando uma reversão nos investimentos de Sutter – tentar encontrar a pessoa responsável por fornecer as informações privilegiadas – que, depois de mais uma repetida cena em que Donna se mostra capaz de conseguir tudo o que quer – Stu garante acesso às operações, apontando para alguém dentro de algum banco de investimento… Não que esses detalhes tenham muita importância dentro da construção de Shake the Trees.

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Então tudo o que Cahill e Harvey precisavam para enquadrar Sutter e promover o acordo com Mike estava sobre a mesa, algo que a partir de um momento, de tão assegurado, ficou claro que cairia por terra. O problema é que toda essa operação não dependia apenas do Procurador, e a SEC (análoga à CVM brasileira), diante de todos os factoides obtidos, não viu mais necessidade em ter Mike como informante – pois já há evidências suficientes para enquadrar Sutter pela prática de Insider Trading.

Na cena em que Cahill joga a realidade na cara de Harvey ficou claro que ambos estavam decepcionados em não conseguir o objetivo  de liberar Mike, mas Sean não está disposto em ceder aos apelos do cúmplice em prolatar mais uma vez o seu caso em prol do rapaz –  que também está crente do sucesso da combinação. Nesse diapasão, basta saber se Harvey continuará na sua degradante expiral ou tentará reverter a situação trabalhando com as brechas que a lei lhe oferece, coisa que ele sempre fez bem.

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No que diz respeito ao Mike, também não consigo entender essas prisões americanas. Tudo muito diferente do que conhecemos, pois as vezes parece que não há o menor controle sobre os detentos. Ora, Mike e Harvey têm feito de tudo ali dentro e mesmo que haja o pagamento ao diretor, o fato de Specter ser advogado de Gallo, Kevin e Mike deveria saltar aos olhos de alguém, não?

A única coisa boa é que finalmente começa a aparecer uma integração entre os núcleos da cadeia e do escritório, mesmo que um pouco forçadas. Vocês acham que Mike em tão pouco tempo colocaria sua oportunidade de sair livre dessa por uma suposta lealdade para com o colega de cela? Ele mesmo constatou que Kevin não confiou nele de pronto e este só dividiu toda a sua história depois de muito pressionado.

E como Mike se acha no direito de jogar com a esposa do “amigo” dessa forma? Acho que por conta de toda a elasticidade do roteiro, ela deve acabar entregando o pai – não por amor ao marido – mas por medo de ser presa também.

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De qualquer forma, outra coisa que ainda não me convenceu foi o poder de Gallo sobre tudo ali dentro. Ele as vezes é caracterizado como um canastrão, mas do nada ele se traveste de pessoa mais inteligente da Terra e consegue sacar todo o intrincado plano de Harvey e Mike. Faz algum sentido? Não muito – a não ser que trabalhem melhor o personagem, inclusive desenvolvendo melhor o passado dele com Harvey – só assim para dar alguma credibilidade à ameaça que ele representa.

Já Jessica e Rachel estiveram a parte de toda essa confusão – apesar de ainda achar que há detalhes que liguem o nublado caso de Bailey com a trama central. Já deu para perceber que definitivamente ele foi usado de bode expiatório dentro do processo. Me pego imaginando se os jovens que supostamente foram mortos por ele não são vítimas do crime que Harvey quis imputar à Gallo no passado.

A química entre Jessica e Rachel continua ótima, e a cabeça da Pearson Specter Litt consegue manter a sua atitude e aura de poder nos momentos mais difíceis. Se não fosse por ela, Rachel teria desmontado ao dar a noticia sobre a data de execução para Leonard.

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Outro personagem que é sempre bom de ver é o patriarca da família Zane. Eu realmente gosto de Robert e queria tê-lo mais presente dentro de Suits – vide que metade dos advogados associados foram trabalhar com ele, espanta que a sua posição até agora na temporada tenha sido tão figurativa. Talvez ele ganhe mais espaço com essa cooperação com a filha… ou pelo menos assim espero, já que ela ficou devendo um favor para ele no final de tudo.

Ainda que Louis tenha tido uma participação maior em Shake The Trees, a sua história com Tara já começou eivada de todos os sinais que em breve veremos os já conhecidos trejeitos dele. Em que mundo, ele – possessivo como é – lidaria bem com um relacionamento aberto? Basta Tara dar a primeira deixa, que os ataques imaturos de Louis aparecerão, e isso é algo que eu não queria nesta altura do campeonato. Para que desperdiça-lo com um arco tão infantil e sem futuro?

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Me desculpem se para vocês eu talvez pareça insatisfeita com Suits– algo não usual nessas 6 temporadas acompanhando a série. Mas é difícil ver um programa que sempre tirou boas cartas na manga, trabalhando até agora com lugares comuns e aspectos já exauridos anteriormente. Ou nesses três episódios a história dá uma virada de 360º para terminar o 2016 bem, ou teremos que aguardar um tanto quando desgostosos pelos desdobramentos da 2ª parte da temporada em 2017.

Fique agora com a promo de Borrowed Time, que vai ao ar dia 1º de setembro:

E vocês? Estão achando a temporada tão problemática quanto eu? Ou ainda há tempo de remediar? Fiquem a vontade para dividir seus sentimentos aqui conosco!

Observações:

– Pelo amor de Deus! Usem Donna para algo além de afirmar que ela é Donna!

– Aliás, e esses namorados que ela arranja e nunca aparecem?

– Apesar dos pesares, Louis e Donna são lindos juntos! Ele dá muito mais valor à ela do que o Harvey  #falologo

– Sutter vai descobrir do conluio entre Harvey e Cahill, pode apostar – e isso pode acabar respingando em muito mais gente.

– Imagina se Sutter se junta com o Elliot? Será que ele realmente ficou satisfeito somente com o quadro?

– Gente, cadê o Soloff?

– Por conhecer Suits, sei que a probabilidade de terminamos 10º episódio no chão é muito grande, mas nessa temporada eles estão brincando com a nossa beleza.

– Quero Robert e Jessica trabalhando juntos!

– Pessoal, nessas semanas eu tenho precisado estudar um pouco mais do que o usual, mas vou tentar ficar em dia com as resenhas – ou postá-las mais rápido!

– Lembra o sonho de Rachel morrendo? Não sei porque eu acho que aquele pai pode fazer alguma loucura dentro da Pearson-Specter-Litt…. Algo à lá Grey’s Anatomy....

– Apesar de toda controversa relação, mais uma vez exalto a interação de Gabriel Macht e Neil McDonough

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Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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