É chegada a época dos hiatus. Como você já deve ter percebido, The Big Bang Theory fez pequenas pausas e agora entra em sua winter finale. Por ser a marca de metade da temporada, espera-se que seja um episódio que faça os telespectadores, no mínimo, ficarem ansiosos para retornar para a próxima metade. The Birthday Synchronicity fez bem seu trabalho: foi leve, divertido e nos entregou um bebê sem alterar toda a dinâmica da série. Não o fez tão bem como a do ano passado, mas é preciso admitir que nada seria tão surpreendente quanto a primeira noite de coito de Sheldon e Amy.
Como vimos no episódio anterior, o bebê estava querendo nascer. Por serem pais de primeira viagem, Bernadette e Howard já apavoraram logo no começo das contrações – nessa parte, achei mesmo que os conhecimentos de Raj iriam ajudar, mas só gastaram tempo indo e voltando do hospital. Por fim, o bebê nasceu e recebeu um nome muito significativo. A explicação de Bernadette vai ser censurada para a criança, é claro. Seria uma bela homenagem chamá-la de Debbie, mas a natureza fez seu trabalho e o choro de Halley já é uma recordação de sua avó.
Aliás, mesmo sendo um dia especial, não era dia para Raj. Ele deixou escapar o sexo do bebê por um descuido muito bobo – mas, vamos combinar, manter esse segredo por tanto tempo deve ter sido uma angústia sem fim! Ficou no cantinho do castigo e ainda percebeu que ele foi um personagem ligeiramente negligenciado pelo roteiro da série. É fato que todos os outros personagens evoluíram de formas drásticas (olha aí o Sheldon fazendo avanços sexuais; Penny casando com Leonard e construindo uma carreira; Howard, que era uma criança, TENDO uma criança!). Sua única conquista foi conseguir falar com mulheres, e isso foi há várias temporadas, quando ainda se importavam em dar boas tramas para ele. Hoje, Raj vem de uma série de relacionamentos complicados, sendo o único duradouro o que mantém com sua cachorrinha.
É claro que o posto de padrinho da pequena Halley não poderia ir para mais ninguém além de Raj. Como ele bem lembrou, foram nove meses em que ele se dedicou ainda mais àquela família (de que ele sempre se considerou parte). Pode ter pisado um pouco na bola, mas ainda assim esteve presente. Stuart é uma ajuda ótima, embora nunca seja o que Raj é para Bernadette e Howard. Para o bem ou para o mal (como limitar a liberdade dos dois), ele sempre está li quando precisam. Tenho certeza de que ele será o melhor padrinho/tio babão que essa criança pode ter – quero só ver mais para frente se ele não vai deixar Halley toda mimada.
Enquanto isso, Amy teve seu eventos de aniversário interrompidos pelo nascimento (ou pelas ameaças dele) do bebê. O momento que ela mais espera no ano tinha chegado e ela não podia aproveitar, mesmo se esforçando para retomar a sedução sem parecer forçado. Ainda é muito bizarro ver esse lado do Sheldon, mas não deixa de ser divertido. O que achei mais legal nisso tudo foi a construção do tempo dentro da série e a retomada de plots. No mesmo episódio 11 da temporada anterior também era aniversário de Amy e fomos agraciados com momentos de comédia que dificilmente a série vinha apresentando.
Como não podiam reproduzir novamente aquele momento, valeu a intenção de inovar. Com referências a Harry Potter, Sheldon foi da mais alucinada surpresa ao desapontamento em menos de um minuto. Até porque ir ao parque temático sem ele foi um ato impiedoso de Amy – mesmo que sendo por uma boa causa. No fim, eles passaram horas no hospital, foram ao parque juntos e eu fiquei foi sem entender como foi essa questão do tempo. O episódio começou por volta de meia noite, que horas eles voltaram para casa? Eis um mistério que, se alguém souber, explica aí nos comentários.
E ainda:
– Acho hilário a forma como Sheldon pensa que todas as pessoas no mundo gostam das mesmas coisas que ele. Mas bonitinho mesmo é ver Amy se alegrando genuinamente com algo que ele fez.
– “Agora está parecendo forçado, assim como todas as sequências de Piratas do Caribe”
– “Alguém da Grifinória dormindo com um da Lufa-Lufa? Que escândalo” Deu até na coluna de fofoca do Pasquim!
– Pobre Stuart, é insultado até quando está dirigindo!
– “Raj! Mostre compaixão! Essas coisas a gente só pensa, mas não diz” Saberias que Sheldon aprendeu ao longo dos anos…
– Há um ano também era o lançamento de Star Wars, assim como agora está sendo o de Rogue One. Fica aí a lembrança de uma possível trama perdida. Apesar de que não seria nada legal ver Howard pensando duas vezes se veria sua filha nascer ou a estreia no cinema.
Gostou do episódio de The Big Bang Theory? Lembrando que a gente retorna em três semanas, já que o próximo episódio da série vai ao ar em 5 de janeiro. Enquanto isso, não deixe de comentar aqui com a gente!
