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UnREAL – 2×10 Friendly Fire (Season Finale)

Por: em 10 de agosto de 2016

UnREAL – 2×10 Friendly Fire (Season Finale)

Por: em

A segunda temporada de UnREAL foi tão explosiva (muitas vezes até explosiva demais) que a season finale não teve um ritmo muito diferente dos episódios anteriores. Isso não significa que foi um episódio ruim, nem de longe! Mas confirma que, apesar de ser uma montanha russa de emoções, a série fez uma temporada balanceada, tanto nos pontos positivos quanto negativos.

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Aliás, Friendly Fire não teve plots medianos. Ou algo foi muito bom, ou muito ruim, e colocando na balança final, o saldo foi bastante positivo. Rachel e Quinn são a grande delícia dessa série, e a relação delas é interessante nas brigas, nos momentos de cumplicidade e quando é uma mistura das duas coisas. Neste episódio elas estavam mais próximas do que nunca, se protegendo, se apoiando e confiando uma na outra como se todo aquele passado de traições e ameaças nunca tivesse existido. Quinn ama e acredita em Rachel com todos os seus defeitos, e no fundo, muito do que Rachel faz é uma forma torta de buscar a aprovação e o respeito da sua mentora. Elas formam uma dupla incrível e foi delicioso acompanhar todas as reviravoltas que elas planejaram e executaram para derrubar Coleman e Yael ao mesmo tempo em que produziam uma final histórica para o Everlasting.

O episódio inteiro foi uma grande vitória para Quinn. Ela deu a volta por cima de todos os sapos que teve que engolir nessa temporada. A ideia das duas noivas foi brilhante e ela conseguiu enganar as duas, fazer a Tiffany terminar com o Chet e despachar o Coleman e toda a sua parafernalha em um piscar de olhos. Uma das cenas mais interessantes – talvez de toda a série – foi ver a tristeza estampada no seu rosto quando Darius escolheu Ruby. Foi a final perfeita, toda a equipe estava vibrando, o público certamente surtou, mas nada poderia ferir mais o seu orgulho que alguém sobrevivendo a tudo aquilo e sendo feliz. Aquele show a fez perder todas as chances de ser verdadeiramente feliz, então é insuportável pra ela imaginar um desfecho em que eles conseguem isso. Ela estava até resignada com a possibilidade de perder tudo e ir para a cadeia, mas ver a felicidade de Darius e Ruby foi um golpe duro. Duro, e muito mais verdadeiro que o ataque de fúria no episódio passado.

Coleman, no fim das contas, tinha um passado sujo e era um canalha, exatamente como eu sempre imaginei que fosse. Foi bom terem se livrado definitivamente dele, mas talvez a solução encontrada não tenha sido a melhor. Porque até então, por mais sujo que fosse aquele jogo, todos os efeitos colaterais eram consequências indiretas do que eles faziam. Até a morte de Mary, que era considerada a pior coisa que eles fizeram, foi resultado de negligência e irresponsabilidade, mas não foi exatamente um homicídio doloso. Eles tomam rasteiras e se levantam com manipulação, mentiras, intrigas… assassinar alguém deliberadamente é um terreno novo, perigoso e, provavelmente, nada bom. Até porque agora eles estão presos ao Jeremy e o Jeremy a eles, não importa o que aconteceu entre ele e Rachel.

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Quem acompanha as reviews aqui no blog sabe que eu perdi completamente a paciência para o Everlasting desde a saída da Ruby, então é óbvio que eu vibrei quando Rachel a trouxe de volta. Vibrei pelo fator surpresa, vibrei por Darius finalmente ter tomado uma atitude decente nesse programa (se salvou no último minuto, heim, champz?) e vibrei principalmente por Ruby ter sido Ruby, recusado o pedido de casamento ao vivo porque peloamordedeus, eles ainda nem se conhecem de verdade! Vê-la ali, vestindo jeans e sendo escolhida no lugar das duas noivas super produzidas foi delicioso, e um final feliz digno do que ela merece. É claro que não dá pra engolir as famílias de Chantal e Tiffany aplaudindo e adorando tudo aquilo enquanto as meninas eram rejeitadas em rede nacional, mas se não tiver uma boa dose de nonsense, não é UnREAL, certo?

Foi uma temporada com um ritmo frenético, reviravoltas exageradas e soluções bizarras que caem do céu o tempo inteiro, e tudo isso esteve presente em Friendly Fire. Mas eles mostraram que são realmente uma família que faz o que é preciso para se manter unida. Isso ficou óbvio na atitude extrema de Jeremy, ficou claro com as articulações de Quinn e ficou implícito no gesto de Rachel ao trazer Ruby de volta – o que trouxe Jay de volta também, quando ele perdeu a fé no que estava fazendo ali. A gente pode odiar muito alguns personagens e odiar um pouco menos outros, mas no fim das contas eles estão ali por um motivo, e a grande mensagem da temporada foi a de que vale tudo pela good television.

Algumas observações:

– Madison soltou as tranças e eu pensei que vinha uma bomba. Veio nada. Fuén.

– Nunca comentei porque é bastante óbvio, mas olha… como aquele apresentador é cafona, gente!

– Coitada da vó da Chantal. Gastou os tubos de oxigênio à toa. Tomara que tenha aproveitado o passeio pra capturar uns Pokemons pelo menos.

– Jeremy conseguiu ser quase tão vira-casaca quanto a Louise de Revenge. Quanta indecisão, caramba!

– Não acredito que terminaram a temporada sem falar nada da Faith.

– Façam qualquer coisa, mas não juntem Rachel e Jeremy de novo. Sério.

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E você, o que achou da season finale e da segunda temporada de UnREAL? Muito obrigada pela companhia nas reviews, e não perca a última oportunidade de deixar seu comentário! Até a próxima!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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