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Primeiras Impressões: Powerless

Por: em 3 de fevereiro de 2017

Primeiras Impressões: Powerless

Por: em

Entrando na onda das séries de super heróis, a NBC colocou todas suas cartas em Powerless. A comédia é ambientada no universo da DC e tem Charm City como cenário. Mas se engana quem está pensando que os heróis são as estrelas dessa produção. É claro, eles fazem sua participação e não é pouca. O foco, no entanto, são pessoas comuns. Powerless teve sua estreia ontem (2 de fevereiro) e era uma das séries mais esperadas da midseason. Foram encomendados 13 episódios para sua primeira temporada.

A história é a seguinte: imagine um lugar em que o inacreditável já se tornou banal e, para ter sucesso em sua nova empreitada, você precisa de uma grande ideia que ganhe a atenção de pessoas já acostumadas a esse caos. Esse é o desafio de Emily Locke (Hudgens). Além de ter que motivar os funcionários, ela precisa lidar com o fato de que quatro pessoas falharam nesse cargo antes dela (em apenas um ano) e que o futuro da empresa pode depender disso. O chefe, que se acha demais só porque é primo de Bruce Wayne, não ajuda em nada – e seu único objetivo na vida é ganhar uma vaga importante em Gotham. Enquanto Emily, em sua figura de humana, vê seu “dream job” em risco, Charm City está sob a mira de Jack O’Lantern – o vilão da temporada. Para salvar o dia, fomos apresentados a Crimson Fox. E não é spoiler dizer que sua primeira tarefa na série é salvar Emily de uma morte prematura, né?

Basicamente, é uma série de super heróis em que eles não são os protagonistas – e, às vezes, são tão nocivos para pessoas inocentes quanto os próprios vilões. Emily apresenta a máxima de que não é preciso ter poderes para salvar o dia. Foi um dos ensinamentos que seu pai lhe deixou e ela o coloca muito bem em prática. Tenho a impressão de que vários outros clichês estão por vir, e que o mais cotado vai ser “a união faz a força”. Até o momento, Powerless traz esses elementos de uma forma mais sutil, criando paralelos bem legais dos heróis da vida real. E Emily com certeza é uma delas, por sua forte presença já dá para perceber isso. Aliás, ela foi uma das gratas surpresas da comédia.

Além de Vanessa Hudgens, o elenco conta com Danny Pudi (Community), Christina Kirke, Ron Funches e Alan Tudyk (Firefly). Pelo pouco que deu para ver com o piloto, eles apresentaram uma boa química e nã0 há muitos indícios de que sofreremos com alguma atuação durante a temporada. Quando os atores foram apresentados, confesso que meu maior medo era a respeito de Pudi – afinal, ele fez um papel tão marcante em Community que poderia ter ficado preso em Abbed para sempre. Posso estar me precipitando ao dizer isso, mas até agora ele está convencendo como Teddy.

Quanto à produção, foi uma série de plot twists à parte. Inicialmente, o showrunner era Ben Queen (A to Z), que deixou o cargo em agosto do ano passado. Por essa razão, o piloto que teve sua estreia ontem é bastante diferente do que fora apresentado na última Comic-Con de San Diego. Com a nova proposta de Justin Halpern e Patrick Schumacker, a dinâmica da série teve grandes alterações

Em alguns momentos, Powerless chega a ser quase uma versão conto de fadas do universo DC. Isso fica evidente toda vez que Emily abre a boca para soltar discursos motivacionais. No entanto, acredito que faça parte da proposta dessa nova versão que a comédia tomou. Os personagens são claramente amadores no que fazem, mas não tem nada mais humano que isso. Se fosse mais próxima ao Arrowverse, por exemplo, não teria razão para existir (imagina mais uma série para inventarem crossover!) enquanto comédia. Tenho certeza que muita gente vai colocar defeito por não ver a série sob a ótica de uma comédia, em que muitas vezes não há tanta necessidade de seguir o padrão – para quem pegar a referência, vamos nem pensar que a caixa existe.

No geral, é um piloto promissor. Deixa aquela sensação de que já fomos apresentados a seus personagens e, de agora em diante, virão os novos desafios da equipe da Wayne Security. Por ser um tipo novo de ambientação nas comédias, as comparações não têm o mínimo sentido, mas logo de cara dá para concluir que tem mais futuro (e qualidade, em geral) que tantas outras que estrearam nos últimos três anos. A maior preocupação acredito que seja a longo prazo. Se cair nas graças do público, vão extender infinitamente a história. Será que ela terá fôlego para tanto?

Se ainda está na dúvida, confira o trailer:

Gostou do piloto de Powerless? Vai entrar para a grade? Vem comentar aqui com a gente e não deixe de acompanhar as reviews nas próximas semanas!


Giovanna Hespanhol

Jornalista apaixonada pela cultura pop e por tecnologias. Forte tendência a gostar de séries ruins e comédias água com açúcar.

Bauru/SP

Série Favorita: Doctor Who

Não assiste de jeito nenhum: Game Of Thrones

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