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Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×14 Watchdogs / 3×15 Spacetime

Por: em 7 de abril de 2016

Agent’s of S.H.I.E.L.D. – 3×14 Watchdogs / 3×15 Spacetime

Por: em

Eu não gosto de me enrolar com as minhas séries, muito menos com as resenhas, mas as últimas semanas foram bem atribuladas e só tive oportunidade de assistir aos dois mais recentes episódios de Agent’s of S.H.I.E.L.D. agorinha mesmo (quinta, exatamente 00h50) e já vim correndo para destrinchar com vocês, tamanha a minha urgência!

Antes de mais nada, mesmo sendo fã incondicional do Universo Marvel e toda a sua extensão, posso afirmar sem medo nenhum que a 3ª temporada não foi tudo aquilo que prometia na divulgação – Alguns episódios legais e outros fracos, mas tudo com um desenvolvimento muito lento, ainda mais se levarmos em consideração a viabilidade de ver os Guerreiros Secretos em ação propriamente dita, talvez formando uma equipe de heróis da S.H.I.E.L.D. Nesse ponto a série (ainda) não mostrou a que veio.

Mas eu não vou apenas criticar, pois Agent’s of S.H.I.E.L.D. entregou duas semanas de boas narrativas em Watchdogs (3×14) e Spacetime (3×15). Que acompanha as minhas resenhas, sabe que eu gosto de analisar meticulosamente os acontecimentos, sempre tentando ler as referências e pensar para onde a história pode caminhar. Em prol disso, nada mais justo que examinar com vocês um episódio de cada vez. Vamos lá?

3×14 –Watchdogs

Depois da melancólica (e ainda doída) despedida de Bobbi e Hunter em Parting Shot, muitos fãs provavelmente se preocuparam com a saída do casal, pois eles eram relevantes dentro da equipe de Coulson, e Hunter centralizava a responsabilidade de ser o alívio cômico em seu tempo em tela. Sim, a ausência deles foi sentida – mas não diria que de uma maneira ruim. Acho que Watchdogs foi o primeiro episódio em que todos os personagens conseguiram participar do plot central de alguma forma – dando inclusive mais espaço para Lincoln, que apesar de estar conosco por quase uma temporada inteira e se relacionar com os protagonistas, não obteve muito sucesso em se desenvolver como personagem – e isso começou a mudar aqui.

O capítulo exibido dia 29 de março foi dividido em três frentes, e apesar dessa alternância (com ótimas cenas de ação), Agent’s of S.H.I.E.L.D. parece que finalmente está tomando fôlego para o sprint final da 3ª temporada. Pela primeira vez desde o retorno do hiato May apareceu para fazer alguma coisa. Eu gostei bastante da dinâmica entre ela e Simmons e, como elas por motivos diferentes, conseguiram chegar ao mesmo consenso de que Lash/Andrew precisaria ser parado em definitivo em algum momento. Uma das coisas mais legais do show é ver como fica fácil fazer um jogo de relacionamento com os personagens, sempre trazendo gratas surpresas. Ter essas duas juntas pode trazer bons momentos, pois ambas lidam com dores diferentes relacionadas ao ex-marido de Melinda.

O holofote do episódio estava mesmo sobre Mack, que depois da perda dos seus melhores amigos, decide passar um tempo com seu irmão mais novo. Na ocasião, entre motos e combinações para uma cerveja, eles assistem ao ataque da milícia Watchdogs a uma das sedes da ATCU. Desde que a existência de alienígenas foi a público, a série passou a dar algumas pistas de que a sociedade não estava levando essa mistura de raças numa boa. Em todos episódios sempre houve algum tensão envolvendo o impasse de seres superpoderosos estarem caminhando entre pessoas normais e como isso poderia representar algum tipo de perigo.

Com todo o contexto atual do MCU, com Capitão América: Guerra Civil batendo na porta (estreia dia 28 no Brasil e 4 de maio nos EUA), nada mais justo do que mostrar esta resistência. Aliás, abordar o questionamento social dos superpoderes é outro tema muito recorrente dentro dos quadrinhos, sendo uma bola levantada sempre que possível, gerando consequências ruins para todas as partes antes delas se unirem em torno de um prol comum. Batman Vs. Superman trata disso, bem como Guerra Civil.

Agent’s of S.H.I.E.L.D. conseguiu demonstrar com uma certa facilidade a instabilidade coletiva que impera no Universo Marvel (todos aqui viram Demolidor, correto?). Como Mack bem afirmou, mesmo seu irmão conseguiu ver algum sentindo nas ações dos Watchdogs, afinal ele se sente, afinal não é difícil concluir o quão atrás estão os homens na escala de força perante aliens, descendentes de aliens, deuses, supersoldados, inteligências artificiais, experimentos e acidentes químicos… Enfim, um lista bem grande! Tanto que até mesmo dentro da equipe houve um discordância sobre como tratar do problema sem transgredir as razões pela qual a S.H.I.E.L.D. existe, isto é, defender os humanos do indefensável

A série está conseguindo “preparar o terreno” para o próximo grande lançamento da Casa de Idéias, apresentando sempre bons argumentos sobre os inumanos/pessoas com poderes que conseguem ser colocados de maneira racional, dificultando ao espectador na escolha de um lado. Em Watchdogs o impasse era se Daisy deveria ou não ir atrás de informações com membros da comunidade on-line da milícia, mesmo que o mesmos não estivessem envolvidos com o ataque à ATCU. Não tive o menor problema em ter Mack batendo de frente com Daisy sobre o tema, afinal ele sempre foi e sempre será o elemento mais humano da equipe, que conseguiu ser alçado à uma posição importante não sendo mais um mero mecânico musculoso – A S.H.I.E.L.D. já fez muito pior, sim, mas se depender dele isso não ocorrerá novamente – ele é um bom contraponto, servindo como uma voz da razão, mesmo assim o compasso moral dele ainda varia de acordo com a necessidade do roteiro.

Outra nova dupla se formou com Lincoln e Coulson que foram atrás de um possível agente da S.H.I.E.L.D. que estaria envolvido com os Watchdogs. O nosso Pikachu, desde o fim da comunidade de Jiyaing, demonstrou certo descontrole sobre seus poderes. Isso faz com que o Diretor corretamente coloque em jogo a efetivação dele no time. Gostei da forma com que Phil colocou Lincoln no lugar dele, ora, ele desde que teve contato com a agência pela primeira vez foi arisco com tudo e todos, podendo até se dizer pedante quanto aos seus poderes e uma possível utilização deles pela S.H.I.E.L.D. Mas parece que o chega para lá surtiu efeito e ele começou a perceber que mesmo sendo mais poderoso, não é ele quem dita o passo da tropa.

Foi com certa facilidade que Phil chegou ao nome de Felix Blake (colocamos a memória para trabalhar lembrando do agente que foi ferido pelo Deathlok lá na primeira temporada – BTW, cadê o nosso amigo biônico?). O tenso “reencontro” dos agentes níveis 7 foi outro acerto (eles já foram parceiros, lembram?). Felix foi outro ponto para reafirmar que a humanidade não estava levando muito bem essa de inumanos e por ter um governo conivente. Ele fez um juramento para proteger o mundo, inclusive de ameaças espaciais – e, quando ele se dá conta, o ente a quem ele sempre foi leal está distribuindo distintivos para esses “potenciais” perigos.

Titus Welliver é ótimo, e ter ele na história traz aquele sentimento de reconhecimento, no sentido de que tudo está realmente conectado (respeitadas as devidas proporções). Utilizar um personagem que apareceu na primeira temporada como gancho no plot da perigosa ligação dos Watchdogs com a HYDRA , é uma jogada inteligente e uma boa forma de trabalhar a questão de que a ameaça pode vir mesmo de onde não se espera. Compreensível até depois de descobrirmos que quem conversou com Coulson não era nada mais que um holograma, estando o verdadeiro Blake preso em uma cadeira de rodas. Como ele bem disse, a S.H.I.E.L.D estava apodrecida por dentro e o trabalho com os inumanos é uma prova de que a agência perdeu completamente o foco para qual ela foi construída.

Ele está imbuído em ter todo esse contexto alienígena neutralizado. Escutar ele listar os motivos nos fazem questionar um pouco até qual o lado certo da história: Os Chitauri, Deathlok, Ultron e a necessidade dos Vingadores. A cena me lembrou bastante a parte do trailer onde o General Ross lista todas as catástrofes consequentes das intervenções heroicas do Capitão América e sua turma. Todas essas falhas o levam à uma questão: É possível mesmo ter esses super humanos ao nosso lado? Para Blake não, e por isso ele considera a sua missão crucial.

Acho que a Milícia foi o plot mais verossímil que Agent’s of S.H.I.E.L.D. já trabalhou. São pessoas normais e frustradas, sem perspectivas sociais e econômicas. Um cenário muito parecido com o que vemos atualmente no mundo, onde a internet é tomada pela insegurança e raiva, o que leva as pessoas a um discurso de ódio que geram efeitos na vida real. Ora, não é difícil encontrar casos de indivíduos que falam e agem de forma fanática, alegando a defesa do ideal de liberdade. Apesar de não mostrarem muito, é uma retórica que pode sim ser trabalhada em meio a toda essa problemática envolvendo inumanos, Hive, Hydra e etc. Eu sou a favor de colocar um pouco mais de relevância nas “pessoas comuns”, pois a sociedade e a sua preservação sempre será o foco dos heróis, e a corrupção dela o desejo dos vilões.

Podemos bem pegar aquele aviso que o Steve Rogers deu para o Stark em A Era de Ultron para ilustrar o que o episódio trabalhou – “Todas às vezes que alguém tentou ganhar uma guerra antes de começar, pessoas inocentes morreram. Todas às vezes.”. A forma que temporada vem tomando significa que Agent’s of S.H.I.E.L.D. está tirando vantagem da sua posição para contar uma história que Guerra Civil não vai conseguir: A exploração da necessidade de proteger a liberdade para todos, inclusive daqueles com habilidades extraordinárias.

Toda discussão entre os núcleos giraram em torno do dilema “Quais direitos os inumanos merecem ter?”. Essa pergunta pode legitimar na série a transgressão de leis e ideias em busca da segurança, ou do povo de Daisy ou pelo humano comum, que em Watchdogs foi representado por Blake e pelo irmão de Mack. E é aqui que finalmente posso exemplificar um dos acertos dessa temporada, com esse questionamento do que (quem) está certo ou errado, o roteiro conseguiu injetar um pouco mais de densidade na conjuntura a princípio divertida de super poderes.

3×15– Spacetime

Spacetime para mim foi um dos melhores episódios da temporada, com um ritmo delicioso e sequências de ação bem legais – além de um belo empurrão no desenvolvimento da trama central da 3ª temporada. Tudo foi muito bem executado, fazendo questão de aproveitar cada momento, sem desperdício de uma trama em potencial dentro de uma narrativa boba ou previsível.

A figura do tempo (bem como todos seus mistérios) é um tema amplamente trabalhado nos mais diversos tipos de arte e ciência, são inúmeros livros – de ficção ou acadêmicos, filmes, séries, teatros e teorias loucas que surgem sobre a todo o momento. Até nós mesmos paramos sempre para pensar no funcionamento do tempo em algum momento da vida, por exemplo: quando a série tem um episódio chato ele demora a passar, mas quando a coisa está boa, ele voa. E foi este último que aconteceu em Agent’s of S.H.I.E.L.D. dessa semana.

The Flash e Legend’s of Tomorrow trabalham a questão das linhas temporais de uma forma para o universo DC na televisão, então por que a Marvel não poderia se aproveitar desse rico recurso na sua série – e de uma forma bem diferente? Acho que é a primeira vez que vemos o tempo sendo manipulado dentro do MCU, correto? Em Homem Formiga e Doutor Estranho creio que possam ter algo do gênero, mas tudo ainda está apenas como um prognóstico para o futuro. Muito diferente das visões (da Raven?) de um desconhecido morador de rua, que faz com que o nome Daisy Johnson acabe sendo captado em uma ligação para o 911 – fazendo com que Spacetime pareça ser o pontapé inicial para os acontecimentos principais da temporada.

A ideia central foi termos capacidade ou não de mudar o nosso destino, mesmo sabendo o que está por vir e fazendo de tudo para evitá-lo. A fonte de tudo é Charles, um azarado mendigo que conseguiu uma desventura por meio da terragênese – sempre que toca em alguém, tanto ele quanto a pessoal visualizam o contexto de suas mortes. Depois de explicar didaticamente como isso funciona, em uma excelente cena envolvendo explosões, fogo cruzado da S.H.I.E.L.D. e a Polícia de Nova Iorque contra a Hydra, vimos que Daisy não foi capaz de evitar a morte do dono da lojinha, mesmo ele sabendo o momento que ela viria. Eu não sei vocês, mas achei a violência do episódio até explícita, por se tratar da ABC. É nesse momento que ela realiza que a HYDRA está ali para capturar Charles e, ao tentar impedir, ela ganha uma visão de um futuro nada auspicioso envolvendo muitos dos seus colegas de equipe: Coulson atirando em Daisy, Lincoln coberto de sangue e o queridos Fitzsimmons de mãos dadas… OK, nem todas as vidências foram tão ruins assim.

O time então se concentra em um plano para resgatar o inumano das mãos da HYDRA, mas toda essa questão da clarividência trouxe um quê a mais para elaboração de um esquema tático. Além disso, foi bem divertido ver todos batendo cabeça depois de Fitz explicar que o tempo é fisicamente imutável – tanto Coulson quanto May, por exemplo, sabem que o engenheiro fala com toda propriedade, mas é difícil aceitar que nós não podemos mudar o nosso caminho. Desta forma, o diretor retira Daisy da operação, mesmo sob protestos da inumana, colocando May em seu lugar como uma forma de evitar que a visão se concretizasse.

Falando nela, Melinda consegue pela segunda semana consecutiva, destaque no episódio. Parte dela a ideia de treinar de acordo com que Daisy viu, fazendo com que o fato dela ser somente a Cavalaria não fosse uma desvantagem na ausência forçada de Skye, além de se abrir com seus colegas sobre seus esforços conjuntos com Jemma para localizar Andrew. A sequência do treinamento foi sensacional, com quase todos os protagonistas envolvidos (Mack está de molho). Na ausência do alívio cômico de Hunter, May, Coulson, Jemma, Fitz e Lincoln conseguiram me divertir enquanto tentavam em conjunto fazer tudo a tempo de deixar Melinda tinindo para evitar a concretização de qualquer que fosse o futuro previsto pelos poderes de Charles (O Diretor inclusive aprovou a dinâmica do treinamento). Obviamente a coisa não iria sair como eles planejaram…

Os esforços do time foram por água abaixo quando um resignado Andrew se entrega. Teria sido mais surpreendente se o nome de Blair Underwood não tivesse aparecido nos créditos iniciais. O Ex-consultor volta pois, segundo ele, a sua transição definitiva para Lash está prestes a acontecer, o que faz Coulson optar por deixar May na base, fazendo de Daisy a única opção para dar continuidade a missão – enquanto Fitz tenta se utilizar das descrições dadas pela inumana para encontrar o local onde tudo aconteceria, algo que acabou provendo a surpreendente ciência de que Ward está entre nós.

O retorno inesperado de Andrew possibilitou que ele e May finalmente pudessem ter a sua merecida conclusão como um casal que se amou muito. Apesar da resistência inicial da agente, o psicólogo conseguiu logo mostrar que mesmo quando ele se transformava em Lash, ele ainda sabia que restava um pouco do humano dentro dele e, quando isso começou a ficar mais fraco, ele soube que queria se despedir da mulher que amou. Mais uma vez o tempo foi tema da conversa, quando o passado é colocado como algo pétreo, sobre o qual devemos passar para seguir as nossas vidas. Ainda acredito em algum tipo de redenção de Andrew/Lash, e por que não algo que esteja intimamente ligado com a Hive?

A série tem feito questão de repisar, por meio de Lincoln, que os poderes dos inumanos existem com algum propósito – para completar uma lacuna da natureza, ou trazer um contrapeso para um desequilíbrio. Isso me faz pensar se Lash não será o responsável por dar cabo ao misterioso plano de futuro da Hive. Ora um nasceu para ser um caçador e destruir inumanos instintivamente, enquanto o outro é um legendário e esperado líder de um exército de inumanos – ser para o qual a poderosa HYDRA foi fundada… enfim…

Enquanto isso vemos a Hive (Ward) completamente recuperado e cheio de vigor. Mais uma vez parabenizo a evolução de Brett Dalton como ator. Eu lembro como eu não gostava da sua atuação no início da primeira temporada, mas o cala a boca veio mesmo na revelação de que Ward era HYDRA. A desconstrução do personagem até a sua morte no planeta azul fez com que ele fosse a pessoa dotada com mais dimensões na série. O ressurgimento dele não sendo ele mesmo, ora, na verdade é um inumano milenar que agregou o seu físico e todas as suas memórias, Dalton consegue entregar algo completamente diferente, em mais uma convincente faceta do seu intérprete.

O jogo de poder velado entre ele e Mallick é algo bem capcioso. O homem que em tese completou o propósito da criação da HYDRA, agora se vê subjulgado pela personificação da instituição à qual ele jurou lealdade, bem como a Hive sabe que mesmo sendo apenas um humano, Gideon serve para abrir as portar que o rosto de Ward nunca conseguiria.

Em mais uma sacada interessante, foi curioso ver como a mão biônica que acabou com a vida de Ward nessa Terra, que dizer, no planeta azul, foi a chave para uma das sequências cruciais do episódio, os conduzindo até as instalações da Transia Corporation – empresa que cedeu a tecnologia para Fitz criar a primeira prótese de Coulson. Não sabemos muito sobre o propósito da Hive em dar o sabor do “verdadeiro poder” para Mallick, eu realmente não consigo entender o motivo desse ser ancestral quer corromper um reles humano, que a princípio não tem nenhuma serventia além da influência política e econômica.

Acho que Spacetime pode representar uma virada importante nos planos da Hive. Mallick, líder humano da HYDRA, que fez o máximo que pode para garantir a volta de um misterioso ser que a organização tentou por anos, se viu entre o paraíso e o inferno. O destino, que parecia injusto para o nosso time de heróis, parece ter jogado do lado da S.H.I.E.L.D. no episódio, pois ele conseguiu ter em suas mão um poder que, inclusive possibilitou que ele enfrentasse Daisy (quase matando a garota). Mas quando Charles interfere e salva a menina, o vilão tem uma visão que o deixou completamente abatido.

O que será? Pelo que entendemos dos poderes de Charles, Gideon deve ter visto a sua morte, mas será que foi somente isso? Acho que também podemos chutar algo envolvendo uma possível ruína da Hive. Por que outro motivo ele ligaria para Gyvera afim de lembrá-lo à quem ele havia jurado fidelidade? Por que isso faria alguma diferença? Eu não sei se a morte dele tem haver com a queda definitiva da Hive, mas acho que apenas isso – a ruína de algo sobre o qual ele construiu a vida – o deixaria abalado daquele jeito.

Daisy e Charles tem um momento muito emocional no final, onde ela entende que não seria ela que mudaria o destino, mas sim ele ao sacrificar-se para salvá-la de Mallick. Ela pela primeira vez se depara com um inumano dando a sua vida para além de ajudar alguém, se livrar do peso causado pelos poderes obtidos pela terragênese. Nossa Tremor prometeu proteger sua filha, não sem um último toque, que também promoveu a visão do enigmático flashfoward que vimos em Bouncing Back. Bem, como eu disse e vou repetir, esse episódio provavelmente foi o mais importante e o melhor da temporada até então…Muita informação, ação e coisa para se refletir, não?

E isso é tudo pessoal! Estou bem ansiosa agora para os próximos acontecimentos, ainda mais com a proximidade da estreia de Capitão América: Guerra Civil. Se os outros filmes não impactaram tanto na história da série, Soldado Invernal foi o ponto que transformou Agent’s of S.H.I.E.L.D. em uma coisa completamente diferente do seu início. Podemos esperar sim algo grandioso dentro deste contexto – não me desaponte!

Fique agora com a promo de Paradise Lost, que vai ao ar dia 12 de abril.

Prolixa demais,né? Mas é que os episódios foram ótimos! Diz aí, você também gostou? Alguma teoria sobre o que está por vir? Fique a vontade para comentar e complementar a resenha!


Área reservada para Marvelmaníacos

– Em Watchdogs vimos uma sutil referência à guerra das gangs em Hell’s Kitchen, vendo que o bairro virou notícia por conta dos acontecimentos da 2ª temporada de Demolidor (O julgamento do Justiceiro merecia um pouco mais de destaque, né? Já que parou Nova Iorque). Vale lembrar que Daisy já afirmou conhecer Microchip nos tempos de hacker

– lembra do CD que Frank Castle buscou em sua casa no season finale da série da Netflix? Seria legal ver algo nesse sentido também.

– Os Watchdogs existem nos quadrinhos como uma organização terrorista de direita que se organiza conta o Capitão América. Enquanto na série eles justificam sua existência como uma reação de proteção aos indivíduos com poderes, nos quadrinhos eles são um típico grupo extremista tais quais estamos acostumados: radicais sulistas americanos, que cultuam a bíblia e odeia minorias. A série ainda mantém um pouco disso, focando na ideia de um bando de desorientados e xenófobos violentos que querem se livrar daqueles vistos como “não naturais”.

– O fato da HYDRA custear secretamente a milícia também se relaciona com o quadrinhos, já que neles os Watchdogs foram custeados pelo Caveira Vermelha por anos. Alguns deles ficaram baqueados ao saber que o dinheiro vinha de um nazista, compreendendo que eles não eram muito diferentes…

– A milícia e o ódio propagado pelos inumanos são o vácuo perfeito para trabalhar o contexto da Guerra Civil – ainda mais pelo fato de um ex-agente de alto nível da S.H.I.E.L.D. estar envolvido.

– Felix Blake apareceu algumas vezes dentro do MCU como um leal e dedicado agente nível 7. Ele inclusive estrelou um dos Short-cuts (Vingadores), onde Fury – depois de perder Coulson o designa para encontrar uma das armas Chitauris que ficaram perdidas depois da Batalha de Nova Iorque. Ele manda Sitwell (também duplo da HYDRA, morto em Soldado Invernal) atrás de Benjamin e Claire, que estavam com a arma, que acaba recrutando o casal para entrar na agência, nomeando a jovem como a nova assistente de Blake. Já assistiu?

Marvel One shot – Item 47 from Golic productions on Vimeo.

– Blake apareceu novamente no episódio End of The Biginning, episódio que precedeu a queda definitiva da S.H.I.E.L.D. em Soldado Invernal. Nele, Deathlok ataca Blake e o agente fratura a espinha. Depois da alta, ele descobre sobre o colapso da agência e o fato dela sempre ter sido corrompida pela HYDRA. Como ele deixou bem claro para o Coulson, isso deixou ele completamente descrente da organização, motivando à criação dos Watchdogs. Basta saber agora o que ele vai fazer quando descobrir quem está custeando o seu armamento… Acho muito que bem que Blake pode se redimir sacrificando-se de alguma forma. Afinal, onde ele vai usar aquela bomba?

“S.H.I.E.L.D. will take all the wounded men into custody and Damage Control will clean up” – Vocês perceberam a menção da divisão Demage Control? Foi a primeira vez que isso aconteceu no MCU. Nos quadrinhos, eles são um grupo que limpam tudo depois das batalhas dos super heróis. Existe um rumor de que a ABC faria uma comédia tendo eles como protagonistas em algum momento no futuro… É incerto à quanto tempo eles existem no universo da série, mas Daisy menciona casualmente que eles virão arrumar a bagunça na casa de Mack.

– Finalmente Mack conseguiu sua arma-machado! É fantástico como isso virou uma piadinha interna do roteiro. Adoramos ver o sonho do mecânico realizado.

– Lembram da primeira temporada de Agent Carter? Então, o Nitromene utilizado pelo Watchdogs foi peça central na trama de Peggy, quando a invenção de Howard é roubada e o pai de Tony Stark é acusado de negociar com terroristas. A substância também foi o gancho para introduzir a Roxxon no passado do MCU – lembrando que a empresa apareceu bastante na 2ª temporada de Demolidor. Assim como o projeto centopeia instrumentalizou o extremis para tentar fazer o soro do supersoldado, Blake conseguiu manipular o Nitromene.

– No vídeo dos terroristas, eles mencionam “Os Vingadores e mais como eles todos os dias”. É de uma pequena referência como essa, ou até mesmo uma linha em algum noticiário, que a Marvel poderia lançar mão para inserir em Guerra Civil a informação da epidemia dos Inumanos. Não precisamos de um grande espaço, apenas alguma forma de trazer ao grande público que há outras pessoas com poderes além dos Vingadores.

– Ver Daisy relativizar as regras para lidar com o seu povo pode ser um sinal de que ela pode estar metida em confusão já já….

“You used to call him, Alfie? Wow. I can’t wait for him to come out of recovery now.” – Aguardando o primeiro momento em que Mack será chamado de Alfie!

Spacetime parece ter recebido um carinho na hora do direcionamento dos fundos. As cenas do início, onde a HYDRA captura Charles e a luta final da Daisy com Mallick foram muito boas.

– O Quinjet acoplando e desacoplando do Zephyr One é irado!

– Lincoln: “I never saw the original Terminator.” Coulson: “You’re off the team.” – A saída de Bobbi e Hunter abriu o leque para distribuição da comédia entre os personagens.

– Eu já me acostumei com Daisy se chamando Daisy, apesar de Skye ainda ser um nome muito forte para ser esquecido. Coulson parece ter o mesmo problema, e vê-lo invocando o antigo nome quando ele se preocupa com ela, mostra o quando aquela menina ainda representa para ele.

– A Hive não guardou a mão do Coulson só como um Suvenir…

– Mais uma cena de luta em plano sequência! Adoro! Espero que a Chloe não tenha quebrado nenhum osso dessa vez.

– E aquela armadura muito louca, gente? A Hive vai querer produzir para colocar nos inumanos?

– Parece que finalmente o Gyvera se encontrou como assistente da Hive. Espero poder vê-lo desferindo uns golpes maneiros a lá Mortal Kombat além de ficar fazendo Wingardium Leviosa nas coisas.

– Mallick esmagando a cabeça do cara lá foi pesado. BTW, ele pareceu bem assustado ao sentir o “True Power”. Foi interessante saber que Coulson também sentiu, mas não quis nada daquilo para ele.

“He is risen! Last time I saw you, you looked like an extra from Dawn of the Dead!” – Podiam ter feito uma referência à The Walking Dead, mas Madrugada dos Mortos também tá valendo!

“I think we’re supposed to hold hands now.” So. Many. Feels! Não quero ser trouxa!

– “I don’t know if Fitz is right or if I even understand what he is saying.”

“You’re hurting my brain.”

“Yeah, day got weirder.”

“Every move we make changes the future. The real feat would be changing the past.” May filósofa!

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Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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