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Grey’s Anatomy – 12×19 It’s Alright, Ma (I’m Only Bleeding)

Por: em 17 de abril de 2016

Grey’s Anatomy – 12×19 It’s Alright, Ma (I’m Only Bleeding)

Por: em

Quando soube que teríamos uma semana de TGIT com direito a dois episódios de Grey’s Anatomy na sequência, confesso que fiquei ansioso pelo o que estava por vir. Era como se a espera pelo grande ápice da temporada tivesse finalmente chegado, que depois de um começo pautado nos conflitos de Meredith, era a hora de apostar na grande tragédia da atual temporada do drama médico. Mas como tudo que gera grandes expectativas, a chance de se frustrar pode ser um fato. Não digo a você que esta decepção existiu. Na verdade, os dois últimos episódios serviram – como eu já havia comentado aqui – como forma de determinar as grandes mudanças que virão para a próxima temporada, aquelas que afetarão os que estão ao redor de Meredith Grey. Como um prelúdio à tão aguardada tragédia que permeia os fins de temporada de Grey’s Anatomy.

E se há algumas semanas quando escrevia a review de When It Hurts So Bad, optei por não falar sobre April e Jackson no texto – tudo por aguardar o episódio que seria responsável por concluir a história envolvendo o casal e o novo filho – eis que este momento chegou. A surpresa, no entanto, esteve ligada ao que de fato acontecerá daqui pra frente, porém, envolvendo outro casal. De qualquer forma, não vou dizer que a conclusão do conflito entre Kepner e Avery fora algo surpreendente, até porque eles seriam o casal mais próximo de um fairy tale que Grey’s pode apresentar. Mesmo com todo o jogo manipulatório de Catherine, sabíamos que April nunca foi uma má pessoa, ou culpava Jackson por algo. E que o mesmo Avery que sempre fugiu da “influência” das intenções de sua mãe, dificilmente seguiria o que estava sendo proposto, quando na verdade ainda existe um sentimento entre o casal. Na verdade eles sempre foram vítimas. Vítimas de uma tragédia do passado, pela perda irreparável do primeiro filho, e por terem se afastado quando um mais precisou do outro. O problema aqui é que até chegarmos ao cenário atual, a forma como foi sendo desenvolvida a trama dos dois, chegou a tornar a imagem do casal um tanto quanto cansativa aos olhos de alguns fãs da série. Mas como eu disse toda a história na verdade fora preparada para que a série pudesse apostar suas fichas em um novo grande conflito, envolvendo a disputa judicial pela guarda da filha de Torres e Arizona.

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It’s Alright, Ma (I’m Only Bleeding) dá continuidade ao grande mote desta temporada, a mudança. Trazendo aqui o reflexo por sobre os outros personagens da série, que assim como Meredith também serão impactados com as atitudes que estão e estarão acontecendo. Tanto é verdade que ainda estamos acompanhando as consequências do ato cometido por Warren. A postura de Bailey, ao convocar um comitê, deixa claro que Miranda está buscando um meio de ser o mais imparcial possível quanto a que penalidade deve ser utilizada no caso que resultou na morte de Gretchen e seu bebê. A carga dramática carregada pela personagem traz à tona o quanto às vezes apenas tentar não basta – reforçado pela narração do episódio – afinal de contas, o dano pode ser muito maior do que se vê, por vezes impossível de reparação. E este é o caso, já que mesmo com o posicionamento favorável da comissão, Miranda se manteve firme na decisão de punir Warren.

Houve aqui uma clara transferência da culpa – que devia ter sido sentida por Warren e não Bailey. Ver os sinais de preocupação de Miranda, similares ao vivido pela personagem no passado, fez com que a chefe dos cirurgiões tomasse a impensada atitude de passar por cima da autorização da família para não tentar reanimá o paciente. O problema aqui é que mesmo sendo o Grey & Sloan Memorial Hospital conhecido pelos casos mais absurdos e por seus procedimentos pioneiros e quase sempre de sucesso, à volta à vida por Omar um tanto quanto que suaviza a grande crise do casamento entre Miranda e Ben, que precisarão ainda vivenciar as consequências do afastamento de seis meses de Warren.

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Digo problema, pois, é como se tudo se resolvesse de forma “simples demais”. O que justificaria a melhora repentina de Omar. E isso pode vir a dar uma impressão de que poucos serão os plots capazes de carregar uma verdadeira carga mais dramática dentro da série. Mas de certa forma é preciso lembrar o que reforcei em vários textos anteriores: antes da mudança propriamente dita é preciso se trabalhar algumas variáveis. Espero que este esteja sendo um dos casos. Na verdade o que sabemos até o momento é que tudo caminha para o grande clímax da temporada, por isso é preciso mostrar como cada um dos plots seguirá daqui pra frente. Não por acaso, já sabíamos que a escolha de Penny para ser a residente escolhida para receber a Bolsa Preminger, traria um novo posicionamento ao relacionamento entre ela e Torres.

A ideia de ter Caille longe de Seattle não era algo que passava pela minha cabeça, tanto que se não fosse pela sinopse do episódio desta semana eu diria que teríamos o fim do breve relacionamento entre ela e Blake. Engraçado que assim como Torres, no começo da série, Penny vem aos poucos conquistando mais espaço na trama e ganhando adeptos para a permanência da médica dentro do universo de Grey’s Anatomy. Arrisco em dizer que não seria surpresa caso encontrássemos ela ao lado de personagens de um futuro post feito pela editoria de Especiais seguindo a linha deste aqui. E mesmo já sabendo que a pauta girará em torno de Arizona e Torres, confesso que teria ficado feliz se os roteiristas tivessem decidido que o foco seria as nuances de um relacionamento à distância. Com todos seus desafios, problemas e readaptação. Representando uma realidade vivida por inúmeros casais, e ajudando a contrabalancear tantos conflitos envolvendo os outros casais do hospital de Seattle.

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Mas como eu disse em There’s A Fine, Fine Line, a beleza de Grey’s Anatomy sempre esteve em seus detalhes. De uma simples troca de mensagem pelo celular, a posicionamentos sobre temas que aparentemente estavam ali pra preencher alguma lacuna no roteiro. E isso é feito de forma tão automática e assertiva que, mesmo depois de dez anos, sempre somos tomados pela surpresa no transcorrer dos acontecimentos, não por acaso foi isso o que se viu quando Maggie decide confrontrar Owen e conclui suas impressões tentando entender o que levara Riggs a omitir ou suavizar parte da verdadeira história ligada ao desaparecimento da irmã de Hunt.


E aí, o que achou da ideia de uma semana com dois episódios seguidos? Enquanto você comenta aqui suas impressões sobre o episódio dessa semana, deixo a promo do que nos aguarda na próxima quinta. Até a próxima!


Marcel Sampar

Paulista que puxa o erre pra falar, PHD em Análise do Drama pelas novelas mexicanas reprisadas no SBT e designer de homens palito. Com sérios problemas em se definir por aqui - sim, esta já é minha terceira tentativa em menos de um mês - mas que um dia chega lá!

Rio Preto/SP

Série Favorita: Sex and the City

Não assiste de jeito nenhum: Teen Wolf

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