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Maratona Parenthood – 2ª temporada

Por: em 6 de março de 2017

Maratona Parenthood – 2ª temporada

Por: em


Vocês já prestaram atenção em como a abertura de Parenthood é bonita? É uma das mais bonitas que já assisti e a música combina perfeitamente com o clima da série, principalmente quando diz: “Que você sempre ajude os outros e deixe os outros te ajudarem”. Afinal de contas essa é essência da família Braverman, pois não importa as diferenças e dificuldades: no fim do dia eles estão sempre lá um pelo outro.

A segunda temporada foi mais empolgante e emocionante do que a primeira, talvez pelo fato de serem mais episódios e por isso houve mais tempo para trabalhar os personagens e suas histórias. Começando pela base da árvore genealógica temos Zeek e Camille que finalmente resolveram ir pra terapia e tentar resolver seus problemas (acho que escutaram o conselho da Camila). Zeek é um ex militar, então é normal que ache bobeira falar dos seus sentimentos, mas aceitou ir à terapia pra agradar a mulher – o que prova que ele está sim interessado em consertar seus erros. O casal então teve uma leve melhora no desenvolvimento e no relacionamento, com destaque pra Zeek que teve muito mais interação com os netos enquanto que Camille ainda têm suas interações mais restritas a Sarah e Amber.

Acho muito bonita a forma como Adam e Kristina se entendem e o tanto que eles se esforçam para lidar com o Asperger de Max, mas confesso que tenho achado a atenção para a família do irmão mais velho um tanto quanto excessiva (e às vezes desnecessária). O plot da Haddie com o Alex, por exemplo, me pareceu um grande exagero – custava ter deixado a menina namorar o rapaz da forma que fizeram depois de muita briga? Por pura lógica é muito mais simples dar a permissão e manter o garoto por perto do que afastar a filha e causar tanto transtorno.

Max é uma criança especial e que precisa de cuidados diferenciados, mas a série fez questão de mostrar que isso não é o fim do mundo como foi muito bem tratado no episódio da festa de aniversário do menino, onde o rapaz contratado para fazer a animação também tem a síndrome – mas é feliz e tem seu próprio negócio; e também quando Adam e Kristina precisam explicar para o filho o que é Asperger e o que isso significa para ele, permitindo que todos reconhecem que existem pontos fortes no meio de tudo isso.

Sarah evoluiu bastante ao longo da temporada. Começou a tentar coisas novas e a investir em si, com o intuito de evoluir na sua carreira, descobrir as coisas nas quais é boa, e também passou a ter atitudes melhores com Amber e Drew – estando mais presente e colocando o bem estar dos filhos em primeiro lugar. Tivemos interações muito bonitas entra ela e a filha ao longo da temporada como no show de talentos do qual Amber participou, enquanto parece que Drew nem mesmo existe (o garoto ainda faz parte da série?), pois o personagem continua sub aproveitado. O pai dos meninos apareceu e causou confusão, afinal pelo que sempre nos foi dito esse é o estilo de Seth. Mas serviu para que os filhos reconhecessem que Sarah sempre estará lá por eles.

Julia e Joel são meu casal preferido, e me deixa muito chateada que eles tenham tão pouco tempo de tela e tão pouco destaque. Eles são uma família feliz e equilibrada cujo os plots, sempre mais leves e descontraídos, são um grato alívio para todo o drama vivido pelos outros dois (às vezes três irmãos, quando o Crosby faz besteira) irmãos. E parece que as situações envolvendo a Braverman caçula nunca são resolvidas até o fim, por exemplo, e a confusão lá no início da temporada com as mães no colégio simplesmente desapareceu? E a história da Sid ser superdotada, por que não trabalham isso?

Enquanto uns amadurecem Crosby fez questão de seguir à risca a expressão “só dá valor depois que perde”. Eu gostei da Jasmine tomando a frente na reunião do casal com o pastor? Não, nenhum um pouco. Porque por mais que eu seja a favor de uma mulher forte e decidida, quando se está em um relacionamento tudo deve ser conversado e as decisões devem ser tomadas juntas – mesmo que ele não seja bom em tomar certas atitudes. Só que no fim das contas nada justifica a traição, principalmente depois de ter se esforçado tanto pra ser um bom pai, depois de ter feito um pedido de casamento lindo e ter investido tanto na sua família. Por um lado achei a iniciativa dele de comprar uma casa e querer realizar o sonho dela muito bonita, mas por outro achei que foi querer consertar o erro dele da maneira “mais fácil”. Espero que eles se resolvam e que a família fique bem, o Jabbar – a criança mais fofa dessa terra, merece!

Por fim os meus momentos preferidos de todos os episódios de toda temporada é quando os quatro irmãos ou a família toda está reunida. Os momentos deles dançando são sempre super engraçados e felizes, como aconteceu no episódio de ação de graças – e por sinal eu adorei toda a tradição de banquete + jogo de futebol no final.

– Momentos #maratonadochoro:

– Me emocionei muito com o discurso de encorajamento da Sarah pra Amber sobre o talento e a música que ela tinha escrito. As duas têm uma ligação muito bonita.
– A cena da Kristina (e depois do Adam) no grupo de apoio de autismo também foi muito emocionante.
– Quando Max vai acampar com o avô e o Adam o acalma pelo telefone fica bem claro que ele tem um jeito todo especial de lidar com o filho não?
– Do episódio 18 pra frente eu só fiz chorar. Chorei junto com a Kristina ao contar pro Max sobre o Asperger, chorei junto com a Julia ao descobrir que não podia engravidar, chorei com a briga entre Amber e Sarah antes do acidente. E no episódio final chorei do começo ao fim, de tristeza e de alegria.


Alê estava certo até então: Parenthood não tem um episódio ruim.

Espero que pra terceira temporada a gente tenha mais Julia e Joel, aproveito pra dizer que achei linda a atitude dela querer adotar. Que o Drew apareça mais, afinal a Sarah não tem só uma filha pra criar. Que o Crosby amadureça de vez e não cometa nenhuma burrada, pra essa família linda poder ser feliz. E que a gente tenha muitos e muitos momentos felizes deles em família.

Não deixem de acompanhar o restante da maratona hein?! O nosso próximo encontro é dia 20/03 com os comentários da Ana Rebeca sobre a 3ª temporada.


Louise Rezende

Tem memória de elefante pra tudo aquilo que as pessoas costumam chamar de "cultura inútil". Apaixonada por séries, filmes, livros, música e nescau.

Petrópolis/RJ

Série Favorita: Gilmore Girls e One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: Outlander

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