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Jessica Jones – 1×12 AKA Take a Bloody Number

Por: em 21 de novembro de 2015

Jessica Jones – 1×12 AKA Take a Bloody Number

Por: em

Estamos nos aproximando do final de Jessica Jones e luto contra a impressão de considerar que a trama da série fica dando voltas e não sai do lugar. Desde o primeiro episódio Jessica está como em um barco Viking, indo e voltando em cima da idéia de matar Killgrave. Não sei quanto a vocês, mas tudo começou a ficar um pouco cansativo, repetitivo demais.

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Luke está de volta e era claro que tinha alguma coisa errada envolvendo ele, ainda mais depois de descobrir que Killgrave está usando as habilidades científicas do pai para aumentar a potência do seu poder (ou estranhíssimo vírus). Foi bom ver o casal junto novamente, ele finalmente compreendendo como é estar sob a influência do vilão e eximindo Jessica da culpa pela morte da esposa. A química está lá e a série só ganha em focar no relacionamento deles.

É interessante notar algo da franca conversa que o vilão teve com Cage sobre os seus sentimentos por Jessica. Quero dizer, Killgrave é um monstro acima de todos os níveis mas ele não se vê dessa forma, crente que todas as suas ações são movidas por um sentimento genuíno em relação à investigadora. Ele nunca vai se considerar um estuprador doentio que realmente é e pauta todas as suas ações nesse amor que sente por Jessica.

O melhor momento do episódio chegou apenas nos minutos finais, com a tentativa de Luke em matar Jessica. A batalha de gigantes preenche o requisito obrigatório dentro das produções da Marvel, onde chega a hora dos heróis caírem na porrada antes de derrotar o vilão em definitivo. A luta foi dura – a força dos dois é quase que equivalente, com uma leve preponderância do Invencível, creio que ligada ao seu vigor físico. Não entendi muito bem a escolha de atirar na cabeça de Cage, mas isso acabou serviu para apagar o grandalhão de vez. Digo que não entendi anatomicamente falando, já que em tese a bala não o matou. Creio que o nocaute tenha sido em decorrência do impacto, que deve ter causado uma concussão em Cage.

Quem diria que a mãe de Trish seria responsável por levantar uma possível explicação sobre a origem dos poderes de Jessica. Até onde eu sei, a IGH não existe nos quadrinhos, mas sua inserção na figura do Dr. Kozlov não foi a toa. Parece que eles são os responsáveis por Jessica ser do jeito que é, mesmo que não tenha ficado claro se por via de algum experimento nela feito durante sua internação no hospital ou se havia alguma substância dentro daquele caminhão em o carro da sua família colidiu, como acontece nos quadrinhos.

A IGH é uma misteriosa companhia que parece financiar esse tipo de experimento, que potencializa pessoas deixando-as mais poderosas. Mas por que então eles não foram atrás de Jessica todos esses anos, se a conexão da superforça dela estava comprovadamente ligada à eles? Essa pista ficou muito obscura para se tirar uma conclusão, eu antes havia falado de algum órgão governamental, mas também podemos levantar algo ligado à Madame Gao ou à organização Hand.

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Quando Trish lança o nome de Kozlov, Jessica brinca que só pode lidar com um grande vilão por vez. Novamente, isso pode implicar alguma conexão para a série dos Defensores, da mesma forma que elementos envolvendo o Punho de Ferro apareceram em Demolidor, com os pacotes de drogas com símbolos da Serpente de Aço. Só não espere por respostas agora, pois não há tempo de desenvolver essa história, devendo ela ficar apenas sugestionada para atiçar os teóricos da internet.

AKA Take a Bloody Number pecou pela falta de ritmo,  uma constante na nova série da Netflix, não deixando claro o caminho que Jessica vai pegar para finalmente derrotar Killgrave – ou se isso vai mesmo acontecer, já ele está cada vez mais poderoso. Ouso dizer que ela não o derrotará, e sim ele mesmo. Como eu já disse em outra resenha, muito provavelmente a sua própria arrogância será sua perdição, algo muito comum entre vilões megalomaníacos como neste caso. Quer acabar com o mistério? Aperte o botão para o próximo episódio e venha concluir a maratona conosco depois. Agora tempos apenas um episódio. Finalmente vamos parar de correr em círculos e descobrir como essa história vai acabar.

Observações:

– O que mais havia naquele pendrive que Jessica devolveu para Luke?

– Todo mundo era fã da Patsy?

– Não achei as histórias paralelas da série interessantes, os personagens coadjuvantes não são tão atraentes como os de Demolidor, onde a gente queria ver mais do Wesley, do Foggy, dos irmãos russos…Não consegui gostar de nenhum, nem o Malcolm conseguiu ter muito apelo para mim.

 


Confira também as reviews de AKA Ladies Night (1×01), AKA Crush Syndrome (1×02)AKA It’s Called Whiskey (1×03), AKA 99 Friends (1×04), AKA The Sandwich Save Me (1×05)AKA You’re a Winner (1×06) , AKA Top Shelf Perverts (1×07) , AKA WWJD? (1×08), AKA Sin Bin (1×09) , AKA 1,000 Cuts (1×10) e AKA I’ve Got the Blues (1×11).


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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